Começaram na quarta-feira, 27 de dezembro, e terminaram no dia 28 as assembléias para avaliar e votar a proposta da Cemig de Acordo Específico da PLR 2018. E mal se iniciaram as primeiras assembléias já houve protesto de trabalhadores contra a atitude autoritária da Cemig.
No dia 27, o coordenador geral do Sindieletro, Jefferson Silva, foi, mais uma vez, proibido de entrar no AR para debater a proposta com os eletricitários. Indignados, os trabalhadores decidiram fechar a portaria do Anel Rodoviário. Também deliberaram: toda a vez que a Cemig proibir a entrada de sindicalistas no local para assembléias e reuniões setoriais, a portaria do AR será fechada.
Na avaliação dos trabalhadores, a empresa já passou dos limites. Chega de pedir autorização para os dirigentes sindicais do Sindieletro, que são também funcionários da Cemig, entrarem na empresa!
A decisão contou com a solidariedade de companheiros de outros locais de trabalho. No São Gabriel os eletricitários repudiaram o autoritarismo no AR.
"Fora Maura!"
Já no dia 28 foi a vez dos trabalhadores da Sede da Cemig realizarem o seu protesto. No final da assembleia, os eletricitários gritaram a palavra de ordem, por várias vezes: "Fora Maura! Fora Maura! Fora Maura!. Foi um protesto contra o autoritarismo e as arbitrariedades da diretora de RH da Cemig, Maura Galuppo Botelho. Sua gestão no RH tem sido marcada, neste momento, por práticas antissindicais e muita pressão sobre a categoria eletricitária, para que os trabalhadores aprovem o que a empresa quer. Porém, os trabalhadores estão dando grande exemplo de resistência. E o Sindieletro não se intimida, quanto mais a Maura pressionar mais vamos lutar!
Avaliação
Durante as assembleias, Jefferson Silva,fez um balanço da negociação do ACT e disse que a paralisação da categoria eletricitária, por inteira responsabilidade da empresa. Ele destacou que a paralisação foi de suma importância para que a Cemig e o governo do Estado voltasse a negociar. "Estamos negociando, e fazendo pressão", destacou.
“Repudiamos a posição da Cemig de não reconhecer o ACT ao não pagar o abono e o décimo terceiro salário alegando que não existe mais Acordo”, anunciou Jefferson Silva.
Ele disse também que não dá para aceitar Acordo de dois anos sem negociar as cláusulas econômicas em 2018.
No São Gabriel o diretor do Sindielletro, Arcângelo Queiroz, destacou o histórico das negociações da PLR. Ele lembrou que as negociações foram marcadas por pressão da direção da Cemig desde o início e que a PLR 2017 não foi negociada pela falta de vontade da empresa, que entrou em contradição muitas vezes.
A Cemig chegou a dizer na mesa de negociações que iria pagar um bônus para compensar a PLR, mas “sumiu” com esse discurso. Agora, o valor dependerá do lucro, que será prejudicado pelo repasse de dividendos e empréstimos no mercado para investimento errado.
Na Itambé, a avaliação foi que a proposta de PLR continua ruim, só melhorou um pouco com a mexida nos indicadores.Os diretores Carlos Torres e Jairo Nogueira Filho, disseram que o Sindicato vai insistir em negociar, em abril, uma espécie de “prêmio” a título de PLR e que é necessário garantir o Acordo da Participação nos Lucros e Resultados. “Sabemos que estamos no limite e jamais poderemos abrir mão do nosso direito à PLR”, destacaram.
Participe, participe, participe!
É fundamental que os trabalhadores e trabalhadoras participem ativamente do debate e que se posicionem para decidir sobre a nossa PLR. E atenção: as assembleias acontecem apenas nos dias 27 e 28 de dezembro. Confira aqui o edital de convocação e veja o local mais próximo onde você pode participar.
Acordo Coletivo
Continuamos firmes na luta e mobilizados por uma proposta de ACT que atenda aos anseios da categoria eletricitária: sem retirada de direitos, com respeito e valorização dos trabalhadores (as). Por isso, fique atento aos comunicados do Sindieletro, confira o nosso regularmente e acesse a nossa página no Facebook para ficar por dentro de todas as novidades da nossa Campanha.