Assédio moral: gestão Zema na Cemig precisa tratar o tema com seriedade o ano todo



Assédio moral: gestão Zema na Cemig precisa tratar o tema com seriedade o ano todo

No início de mais uma Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT), nós, eletricitários, devemos aprofundar a reflexão sobre diversos assuntos que envolvem a saúde e as condições e relações de trabalho da categoria. Um ponto importante e premente é o assédio moral sofrido na empresa.

Afinal, o assédio pode ser caso isolado ou também pode ser uma ferramenta de gestão? É importante questionarmos, já que a prática na empresa é motivo da maior parte das demandas nos sindicatos e serviços de prestação de saúde. Precisamos combater todas as formas de assédio, e para isso precisamos nos munir de informações. Devemos estar dispostos a lutar! Confira o compilado que o Sindieletro preparou para você:

 

O que é assédio moral?

Em suma, assédio moral é o conjunto de comportamentos e práticas ou ameaças, de ocorrência única ou repetida, que causem dano físico, psicológico, sexual ou econômico. O assédio expõe o trabalhador a situações de constrangimento e humilhação no ambiente de trabalho.

 

ATENÇÃO! Em dezembro de 2022, o Ministério do Trabalho e Previdência incluiu como uma das atribuições da CIPA a responsabilidade de promover ações de prevenção e combate ao assédio no ambiente de trabalho | PORTARIA Nº 4.219, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2022

 

Como identificar se estou sendo assediado?

Algumas práticas são facilmente identificáveis. No entanto, outras podem ser dúbias e veladas. É importante estar atento à presença dos seguintes comportamentos. Repare se o assediador:

 

  • Retira a autonomia do trabalhador e/ou contesta, a todo o momento, suas decisões;
  • Sobrecarrega o trabalhador ou retira o trabalho de sua responsabilidade como objetivo de provocar a sensação de inutilidade e incompetência;
  • Ignora a presença do trabalhador, dirigindo-se apenas aos demais colegas;
  • Obriga a cumprir tarefas humilhantes;
  • Grita, xinga ou fala de forma desrespeitosa;
  • Espalha rumores ou boatos ofensivos sobre a pessoa;
  • Ignora problemas de saúde do trabalhador;
  • Discrimina por raça, gênero, etnia, deficiência, idade, ideologia e/ou orientação sexual através de comportamentos e falas direcionadas à pessoa ou a terceiros;
  • Critica e/ou comenta de forma invasiva sobre a vida particular da vítima;
  • Atribui apelidos pejorativos;
  • Expõe e/ou envia mensagens depreciativas em grupos de trabalho e nas redes sociais;
  • Isola fisicamente o trabalhador para que não haja comunicação com os demais colegas;
  • Delega tarefas impossíveis e prazos incompatíveis para finalização de um trabalho;
  • Vigia excessivamente;
  • Limita o número de vezes que o trabalhador vai ao banheiro e monitora o tempo que lá ele permanece;
  • Incentiva a competitividade e rivalidade entre os colegas.

 

 

A gestão Zema na Cemig é mestre quando o assunto é assédio moral!

Quem não se lembra quando, no auge do protesto pela morte de Gabriel Luciano, vitimado aos 27 anos por choque elétrico, vários eletricitários foram pressionados para não se juntarem à greve? O diretor Thadeu Carneiro, hoje já demitido, chegou a enviar mensagem para os trabalhadores de seu setor afirmando que a participação não era necessária, já que “ali cuida-se da segurança”. Oi?!

Outros momentos que nos deixaram estupefatos foram as constantes investidas dos gerentes para que os trabalhadores aderissem aos novos planos da Cemig Saúde. Além de grupos criados no WhatsApp e reuniões presenciais, gestores chegaram a presentear os participantes dos novos planos com fones bluetooth como parte de ação para instar a adesão. Belo exemplo de promoção de harmonia entre os trabalhadores, não?

 

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Sem falar na pressão que ocorre durante as negociações da ACT e PLR. O que dizer sobre a falta de isonomia no trato com os trabalhadores, culminando até mesmo em pagamento discriminatório? É, uma manhã de palestras não vai dar conta de resolver esse problema tão arraigado na empresa...

 

Estou sendo assediado. O que fazer?

Rompa o silêncio! Não se intimide, procure ajuda e ajude sempre que presenciar ou souber de uma prática de assédio. Nossa equipe especializada vai apurar, demandar tratamento e atuar em todas as instâncias necessárias para proteger o trabalhador ou trabalhadora afetado(a).

Denuncie ao Sindieletro pelo e-mail saude@sindieletromg.org.br ou pelos telefones de contato: (31) 3238-5000 e/ou (31) 8489 7112 (este, somente WhatsApp).

Entre em contato também com o coordenador da sua regional: http://sindieletromg.org.br/contents/regionais

 

As práticas sistematizadas de assédio visam, em grande parte das vezes, “sanear” o ambiente de trabalho, ao excluir trabalhadores e trabalhadoras que incomodam o modelo de gestão e garantir que os que permaneçam sejam silenciados por medo de sofrer perseguição semelhante. Se unir ao seu sindicato e permanecer em contato com os seus colegas é a melhor maneira de transformar essa realidade na empresa.

Cemig: esse “trem” é nosso!

 

 

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