Mais de 180 dias passaram-se desde que a vereadora Marielle Franco (Psol) foi assassinada a tiros em março, no Rio de Janeiro, ao lado do seu motorista Anderson Gomes. O crime continua sem respostas e os questionamentos quanto a “quem matou” e “quem mandou matar” são repercutidos no Brasil e no mundo. Para cobrar providências das autoridades brasileiras, a ONG Anistia Internacionalvem organizando ações, alertando para a necessidade de criar um mecanismo externo independente de monitoramento das investigações do Estado.
Na sexta-feira (14), dia que completaram-se seis meses da morte de Marielle e Anderson, um caminhão com um telão que reproduzia frases como “seis meses atrás Marielle foi brutalmente assassinada e ainda não temos resposta” circulou pela capital fluminense, passando por instituições estatais e do sistema de justiça criminal, para demonstrar a preocupação com a ausência de informações sobre os autores e mandantes e as motivações do assassinato.
As investigações estão sob sigilo, no entanto, de acordo com informações da Anistia Internacional, as principais linhas de investigações ligam o crime a participação de agentes do Estado e das forças de segurança. Até agora, dois dois suspeitos foram detidos, o ex-policial militar Alan de Morais Nogueira, conhecido como Cachorro Louco e o ex-bombeiro Luis Cláudio Ferreira Barbosa, pelo assassinato de outras duas pessoas e pelas suspeitas de integrarem uma quadrilha de milicianos que teria mandado matar a vereadora, organizada pelo ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando da Curicica, preso no Rio Grande do Norte (RN).
Rede Brasil Atual