Assaltos na Cemig: mais prejuízos da política de gestão de Zema



Assaltos na Cemig: mais prejuízos da política de gestão de Zema

Na última segunda-feira (8), o Centro Regional Integrado (CRIU) de Uberlândia sofreu um ataque. Foi roubada a roda de uma das caminhonetes que estavam no pátio. Infelizmente, furtos nas instalações da Cemig são recorrentes – desde a demissão dos vigilantes, a SE Paracatu 1 sofreu várias invasões, e teve carrocerias de caminhonetes arrombadas. Foram roubadas caixas de ferramentas, todo o ferramental da equipe de manutenção no galpão, notebooks e baterias de reserva. 

Com o interesse de reduzir custos, a gestão da Cemig dispensou os vigilantes da SE Paracatu 1 e instalou concertina nos muros, além de alarmes com sensor de movimento no local. Não foi o suficiente para deter os assaltos. Os assaltantes chegaram a dobrar a concertina, que é feita de aço resistente, para pular o muro. Nessa ocasião, foram roubados muitos equipamentos. Depois do ocorrido, a área administrativa da Cemig verificou que os sensores dos alarmes não estavam funcionando.

A sensação de insegurança em Paracatu era tanta, que os dois técnicos que ainda trabalhavam na localidade pediram transferência para o Centro da cidade, temendo por sua integridade física ao continuarem sozinhos na SE. Os casos não param por aí; um dos relatos estarrecedores é sobre o assalto na Subestação da Usina de Jaguara. Lá, há um vigilante durante a noite, que anda desarmado e não é profissional do meio. O ladrão entrou à noite, abordou o vigilante, amarrou seus pés e mãos e lhe jogou dentro do banheiro. No outro dia, pela manhã, os trabalhadores chegaram e encontraram o local limpo e o vigilante preso, em estado de choque.

 

Não é por acaso

Os casos de assalto são recorrentes em várias localidades da Cemig, e não é coincidência. Com a justificativa do corte de despesas e a sanha pela privatização, a gestão indicada pelo governador Romeu Zema vêm diminuindo o quadro dos trabalhadores da vigilância. Em julho de 2020, noticiamos a demissão de vigilantes das empresas contratadas. À época, repudiamos as decisões da Cemig no contexto da pandemia, que também dispensou trabalhadores da área de conservação e limpeza. Agora, temos mais exemplos da má gestão: o patrimônio está à mercê de criminosos.

No CRIU Uberlândia, por exemplo, os vigilantes eram quatro profissionais, mas três trabalhadores foram demitidos. Agora, para cobrir a grande área interna e externa do centro, há apenas um profissional. Não é plausível esperar que a segurança seja a mesma. Para piorar o quadro, o CRIU Uberlândia está localizado ao lado de uma rodovia, cercado de mato, o que facilita a entrada e a fuga de assaltantes.

Mais uma vez, vemos os efeitos maléficos da gestão Zema no patrimônio e nos trabalhadores da Cemig, que sofrem com constantes investidas para dinamitar os processos de trabalho e a cultura da empresa. A insegurança não pode se tornar cotidiano. É necessária uma atitude dos gestores para proteger não só a infraestrutura que sai do bolso dos mineiros, mas também a vida dos trabalhadores, que não tem preço.

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