Argentina reestatiza empresas de energia e termelétricas



Argentina reestatiza empresas de energia e termelétricas

Ao contrário do que faz o governo de Jair Bolsoanro (ex-PSL), que está privatizando a Eletrobras, estatal que responde por quase 30% da geração de energia no país, o presidente argentino, Alberto Fernández, edita decreto revogando as privatizações de empresas de energia e centrais térmicas realizadas pelo governo de seu antecessor Mauricio Macri (2015-2019), de acordo com reportagem de Stella Calloni,  publicada no Diálogos do Sul.   

Ainda de acordo com a reportagem, o decreto de Fernandez  reverte a ordem de privatização de empresas como Dioxitek, Transener e as centrais termoelétricas Manuel Belgrano e San Martín (Timbúes).

Recupera também a gestão da Integração Energética Argentina (ILEASA e ENARSA) sobre a importação de gás da Bolívia. Da mesma maneira que dá a estas empresas as licenças exploratórias correspondentes às áreas costa afora denominadas MLO 115 e MLO116, da Bacia Malvinas Oeste do Mar Argentino.

Outro tema importantíssimo do decreto, segundo a reportagem, é o ítem que dispõe a outorga de avais do Tesouro Nacional para a aquisição de gás natural da Bolívia, por um montante máximo de 200 milhões de dólares. Macri a havia suspendido em uma tentativa de afetar o governo do ex-presidente Evo Morales.

O Executivo esclareceu que para garantir “o normal abastecimento de gás natural” na Argentina durante o inverno, se faz necessário importar gás da Bolívia.

A matéria diz, ainda, que para estes dias se espera uma decisão sobre outro tema de soberania que é demandado por diversos setores da sociedade que é não renovar a concessão da chamada Hidrovia, para recuperar definitivamente a soberania sobre nossos rios, entregada desde os tempos em que governou o ex-presidente Carlos Menem (1989-1999).

Tanto na capital, como na zona do litoral se formaram fortes movimentos e foram apresentados ao governo projetos muito bem trabalhados sobre as possibilidades de recuperação do transporte fluvial, que é explorado por empresas estrangeiras, que permitem o contrabando nesse trânsito em prejuízo do Estado nacional, diz a reportagem.

Fonte: CUT

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