Arco do triunfo da Forluz: uma obra do elo ou do ego?



Arco do triunfo da Forluz: uma obra do elo ou do ego?

Representantes dos trabalhadores no Conselho Deliberativo e na diretoria da Forluz já se posicionaram contra a proposta de construção de uma passarela entre os prédios da Sede da Cemig e o novo prédio da Fundação. Os representantes dos trabalhadores entendem que a obra na avenida Barbacena não traria nenhum retorno para os participantes.

A Fundação é proprietária do edifício que abriga a Sede da Cemig e do prédio construção, em frente à sede da Companhia. O novo imóvel, que tem previsão de entrega para setembro deste ano, também será alugado para a Cemig. A proposta da empresa de construir uma passarela ligando os dois prédios já causa polêmica.

O custo da obra ainda não foi totalmente estimado, mas uma lei municipal prevê condicionantes e contrapartidas em investimentos, fixando prazo de até 30 anos para a concessão do espaço aéreo entre os prédios. Entre as condicionantes está a manutenção dos canteiros centrais ao longo de toda avenida Barbacena e a implantação de uma passarela para pedestres para embarque e desembarque do BRT/Move na Avenida Antônio Carlos.

Interesse tem que ser dos trabalhadores

Apesar da movimentação da Cemig e dos avanços junto à PBH, nem o diretor de Relação com Participantes (DRP), Wilian Vagner, nem os representantes dos participantes no Conselho Deliberativo da Forluz concordam com a construção da passarela.

Para o Sindieletro, a passarela também representa mais ônus do que bônus. “Estamos cobrando o pagamento da segunda parcela da PLR de 2013 agora em março e a empresa já disse que não tem as metas. No ano passado, vimos a choradeira da Cemig alegando não ter dinheiro para negociar e valorizar a categoria. Agora, a Cemig quer construir uma passarela caríssima entre os prédios, que mais parece uma obra de ego, não de elo”, destacou o coordenador geral do Sindieletro, Jairo Nogueira Filho.

Luciano Amaral, membro titular do Conselho Deliberativo da Forluz, é enfático quando analisa a construção da passarela que a Cemig quer impor. A obra precisa de aprovação do Conselho Deliberativo, os conselheiros eleitos já registraram posição contrária à obra e a Cemig não tem voto de minerva para o tema. “Nós, conselheiros que representamos os trabalhadores, somos contra a execução da obra, pois não existe evidência de que é viável economicamente e pode inviabilizar futuramente novos contratos caso haja desistência da locação por parte do nosso inquilino - CEMIG. Um contrato de locação comercial só pode ser feito legalmente por cinco anos, enquanto teremos condicionantes e contrapartidas financeiras para a FORLUZ nos próximos 30 anos para a concessão do espaço aéreo entre os prédios”, afirma Luciano Amaral.

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