Arbitrariedade na Mantiqueira

Protesto contra suspensão de eletricitários

Na manhã desta terça-feira, 03, trabalhadores de Ponte Nova e região realizaram protesto na portaria da Cemig na cidade contra a perseguição do gerente da SM/SJ, Cláudio Eduardo de Souza, aos eletricistas Fábio Rogério Souza Parreira, diretor do Sindieletro, e Cláudio de Oliveira Lopes. Com todo o apoio do Sindicato, os trabalhadores fecharam a portaria, e denunciaram os desmandos, a perseguição, a discriminação e o autoritarismo do gerente. Muitos consumidores estavam no local e ouviram as denúncias das mazelas da empresa.

Os dois eletricitários, Fábio e Cláudio, lotados em Rio Casca, tiveram os contratos de trabalho suspensos por tempo indeterminado, no dia 15 de outubro. O gerente Cláudio Eduardo de Souza, munido de informações passadas pelo supervisor José Márcio Gomes Osório, alegou que é preciso apurar se a dupla de eletricistas realizou serviços que não foram registrados no sistema da Cemig e se alguns serviços foram necessários, sem qualquer diálogo e sem considerar que o equipamento de comunicação do veículo da Cemig (sistema via satélite) estava com defeito, e em localidades rurais, onde celular dificilmente dá sinais. O supervisor já tem histórico de perseguições contra a dupla.

Cobramos transparência

Na nossa pauta de reivindicações, cobramos o fim do assédio moral e toda a forma de discriminação. Cobramos também transparência da Cemig, pois a norma da empresa para investigações é autoritária, não garante ampla defesa do trabalhador e tampouco que ele possa acompanhar o processo. A maioria das vezes o trabalhador não sabe sequer quais as acusações e seus fundamentos. É uma norma que incentiva o assédio e só atinge o trabalhador, nunca os gestores. Perguntamos: por que os gerentes nunca são investigados? São tantas as denúncias contra gestores que já encaminhamos à Cemig e nenhuma sindicância foi aberta.

Item 5.2 da nossa pauta - Deverá ser criada na Cemig uma instrução para combater o Assédio Moral, Assédio Sexual e toda forma de discriminação, com formação de comissão paritária de representantes da empresa e sindicato.