Prática teve aumento de 350% na comparação com o mesmo período do ano passado
No último dia 28, a aposentada Vanilza Lelis foi checar o extrato do banco e tomou um susto. Ela se deparou com um empréstimo consignado de quase R$ 2,5 mil feito por outra instituição financeira sem a autorização dela. “Eu não tenho como pagar nada, nem sei como vão descontar de mim. Pode ser em mil anos, vou ficar pagando uma coisa que eu não pedi?”.
Esse não é um caso isolado. Segundo o Procon São Paulo, entre outubro e dezembro deste ano foram mais de 2 mil denúncias como as de Vanilza. Isso representa um aumento de 350% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O chefe de gabinete do órgão, Guilherme Farid, explica que a alta ocorreu depois que o governo federal decidiu ampliar a margem de crédito consignado. “Houve uma facilitação no INSS para que se oferecesse ainda mais crédito descontado do holerite do empregado e, por conta disso, houve um assédio maior dos banco atrás desses consumidores.” Em ofício, o Procon de São Paulo pediu para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não descontar empréstimos consignados enquanto os bancos não comprovarem que o financiamento foi autorizado.