A denúncia do Sindicato mostrando que a empreiteira Esquadra descontou a periculosidade no contracheque deste mês dos vigilantes que trabalham na Sede da Cemig, surtiu efeito. A empresa pagou o direito aos trabalhadores.
A pressão feita com a denúncia levou o dono da Esquadra a entrar em contato com o Sindicato. Ele se identificou apenas como Alex, negando-se a informar o sobrenome. Alex disse que foi “um erro de cálculo” da empreiteira e que, “apesar da Cemig não pagar o retroativo da fatura”, iria honrar o compromisso de pagar a periculosidade no dia 10. De fato, nessa data os vigilantes da Sede receberam o direito, conforme apuramos.
Tentamos entrar em contato com Alex para saber se o desconto da periculosidade foi só para os trabalhadores da Sede ou se envolveu todos os vigilantes contratados da empreiteira. O telefone caiu na caixa postal e até o fechamento deste boletim ele não havia retornado.
Segundo o dono da Esquadra, o Sindieletro “falou mentira”, mas ele entrou em contradição ao reconhecer que a periculosidade não veio no contracheque de maio. Os descontos ficaram entre R$ 400 a R$ 600. Segundo o diretor do Sindieletro, Moisés Acorroni, teve gente que recebeu zero de salário.
Ainda de acordo com Acorroni, “há 40 anos trabalho na Cemig e nunca vi uma empreiteira errar no cálculo do contracheque, deixando de pagar um direito porque falhou”.
Para o Sindieletro, que tem mais de seis décadas de lutas, incluindo as em defesa dos direitos dos terceirizados, quando uma empreiteira começa a atrasar ou sonegar direitos o sinal de alerta se acende. Geralmente, a empresa some do mapa e os trabalhadores ficam sem seus direitos.