Na madrugada desta terça-feira (24), o transformador levado de Laranjal do Jari para Macapá, capital do Amapá, entrou em funcionamento, segundo informação da Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE).
A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) – responsável pela distribuição – disse que 100% da energia foi restabelecida às 5h nos 13 municípios afetados pelo apagão desde o dia 3 de novembro.
Assim, se encerra o cronograma de rodízio de energia implantado pela CEA desde o dia 7 de novembro, quatro dias após o apagão, que deixou mais de 750 mil pessoas no escuro.
Moradores ouvidos pelo Brasil de Fato confirmam a informação do restabelecimento, mas dizem que ainda há pequenas variações na rede elétrica. "As vezes ela vai embora, mas volta praticamente no mesmo momento", diz a dentista Maíra Gouvêa, que mora na capital Macapá.
Em nota, a LMTE reforçou que "está integralmente mobilizada desde o acidente e trabalhou incansavelmente em conjunto com os demais órgãos governamentais para que a carga voltasse a 100% antes do prazo máximo estabelecido, dia 26 de novembro".
"A companhia reforça que se solidariza com todos os amapaenses e informa que seguirá empenhada a minimizar os impactos e em transportar energia limpa e segura para o estado do Amapá", diz o texto.
A LMTE não disse que foi a Eletrobras/Eletronorte, uma estatal, que teve o papel fundamental para a volta da energia.
Desconto na conta de energia
Os amapaenses amargaram diversos prejuízos durante esses 22 dias de apagão. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) chegou a solicitar a prorrogação do auxílio emergencial para que a população pudesse minimizar os danos sofridos, no entanto, a medida não foi aprovada.
O Senado aprovou um projeto de lei que prevê um crédito na conta de energia elétrica de quem foi afetado. O projeto segue para a Câmara dos deputados e, caso aprovado, precisa sancionado por Bolsonaro.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse no último sábado (21), quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) esteve no Amapá, que a Medida Provisória (MP) além de isentar a população do pagamento de energia elétrica por um período de 30 dias, irá garantir a distribuição de cestas básicas para população carente.
O ministro disse ainda que vai apresentar um novo plano energético para o Estado do Amapá em um prazo de até 15 dias.
Fonte: Brasil de Fato, com edição