Um vídeo do deputado Sargento Rodrigues (PL) está circulando nas redes sociais com afirmações mentirosas contra a deputada Beatriz Cerqueira (PT). A incitação ao ódio é tão grande que a deputada avisou: “A responsabilidade pela minha integridade física, da minha família e daqueles que trabalham comigo passou a ser de quem está mentindo sobre o meu posicionamento, e espalhando vídeos pelo Whatsapp. Sabemos que basta um gatilho para abrir a porta da violência e alguém se sentir empoderado e autorizado a atentar contra a minha vida. Quem está acionando o gatilho se tornou responsável por ela ou por qualquer coisa que acontecer comigo.”
Na manhã desta segunda-feira (17/02), a direção do Sindieletro participou de uma reunião de emergência na CUT Minas para discutir ações de apoio e solidariedade à deputada Beatriz Cerqueira. Uma das ações será a divulgação de uma carta-apoio a Beatriz, assinada por sindicatos e outras lideranças.
Questão de gênero e tentativa de dividir os servidores
O coordenador-geral do Sindieletro, Jefferson Silva, destacou que o ataque a Beatriz Cerqueira é uma questão de gênero. "É um ataque a uma mulher e uma tentativa de dividir o funcionalismo público. Essa estratégia só beneficia o governo, que não quer dialogar com os demais setores do funcionalismo público", enfatizou.
Sempre esteve na luta com a categoria eletricitária
Beatriz Cerqueira, mesmo antes de ser eleita deputada, enquanto dirigente da CUT Minas e do Sind-UTE, sempre esteve nas lutas da categoria eletricitária. Sempre defendeu a Cemig de emprego e serviço de qualidade, contra a privatização. Sempre esteve em mobilizações dos eletricitários e eletricitárias, defendendo, inclusive, o Acordo Coletivo de Trabalho de todos os trabalhadores da Cemig e de toda a classe trabalhadora. Em ato de protesto contra o fechamento do São Gabriel, por exemplo, lá estava Beatriz Cerqueira, com os trabalhadores, em solidariedade. Como deputada, constantemente vai à Tribuna da Assembleia Legislativa defender a Cemig e os eletricitários e eletricitárias, em apoio às lutas da categoria e com denúncias de desmonte da empresa, entre outras ações.
Para entender os ataques contra a deputada Beatriz Cerqueira, leia o posicionamento dela em relação às mentiras que estão sendo divulgadas:
Na última sexta-feira, dia 14 de fevereiro, durante a minha saudação aos trabalhadores e trabalhadoras em educação reunidos/as em assembleia denunciei os atos de violência que a categoria viveu dentro da Assembleia Legislativa naquela semana. Professoras foram agredidas fisicamente, sofreram racismo, misoginia e toda a sorte de humilhação. As imagens, vídeos e boletins de ocorrência comprovam isso. Acredito que somente aqueles que praticaram os crimes se sintam atingidos pelas denúncias que fiz.
No entanto, estão tentando transformar minhas denúncias sobre os atos graves e criminosos numa suposta fala em que eu teria ofendido todos os servidores da Segurança Pública. É mentira. Não citei nem acusei nenhuma carreira. As Forças de Segurança Pública são instituições do Estado que eu respeito. Denunciei criminosos que agrediram professoras e praticaram racismo.
No meu encaminhamento de votação da emenda na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (feita em 13/02) , cujo vídeo está disponível nas redes sociais, deixei muito claro meu posicionamento: votarei a favor do projeto, mas vou lutar por 70% do funcionalismo que o Governador Romeu Zema excluiu.
Deixo aqui um registro: a responsabilidade pela minha integridade física, da minha família e daqueles que trabalham comigo passou a ser de quem está mentindo sobre o meu posicionamento, e espalhando vídeos pelo Whatsapp. Sabemos que basta um gatilho para abrir a porta da violência e alguém se sentir empoderado e autorizado a atentar contra a minha vida. Quem está acionando o gatilho se tornou responsável por ela ou por qualquer coisa que acontecer comigo.
Eu continuarei meu trabalho parlamentar. Para isso fui eleita por 96.824 pessoas.
Deputada Beatriz Cerqueira