Ao abrir mão mão da sua fatia na TAESA, Cemig perde por ano R$ 500 milhões, em média



Ao abrir mão mão da sua fatia na TAESA, Cemig perde por ano R$ 500 milhões, em média

Artigo de Rodrigo B. Campos - economista e eletricitário

A TAESA anualmente envia, em média, há vários anos, cerca de R$500 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio para a holding CEMIG.

É uma empresa enxuta, com mentalidade e gestão privadas. Tem EBITDA e margem de EBITDA, dois indicadores financeiros relevantes, excelentes. Tanto é verdade que a ação da empresa é listada como recomendação em dezenas de corretoras de valores para investimento a longo prazo. Empresa saudável econômica e financeiramente, é uma geradora de caixa e dividendos de excelente qualidade. Isto assegura a todos os investidores, inclusive à holding CEMIG, receita recorrente de longo prazo pela natureza do negócio, com concessões públicas de linhas de transmissão de 25/30 anos.

Eu diria que a TAESA é a “galinha dos ovos de ouro” do Grupo CEMIG. A holding CEMIG tem cerca de 35% das ações com direito a voto. A empresa é tão conceituada que mais de 50% das ações estão na bolsa de valores, e a maioria delas com investidores estrangeiros. Vender significa receber um recurso para capitalizar a holding, sem transferência direta para o governo mineiro. É visão de curto prazo, imediatista, em detrimento de retorno de longo prazo. Há uma hipótese forte do outro sócio (ISA, colombiana) comprar. Curiosamente, é uma empresa pública em seu país. Sou totalmente contra a venda.

 

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