Aniversário da Cemig: para ir além dos 65, é preciso valorizar a categoria e o povo que paga a conta



Aniversário da Cemig: para ir além dos 65, é preciso valorizar a categoria e o povo que paga a conta

A Companhia Energética de Minas Gerais, a Cemig, que nesta segunda-feira, 22, completa 65 anos de existência, está longe de ter atingido a melhor idade. Pelo contrário, são diversos os problemas identificados na empresa que colocam em risco o presente e o futuro da estatal. Muitos deles estão diretamente ligados às escolhas equivocadas e a um projeto neoliberal-financista implantado em gestões anteriores, e que, ao contrário do que foi prometido em campanha, ganhou guarita na gestão atual do governador Fernando Pimentel.

Ao escrever este texto na última sexta-feira, 19, não tínhamos ideia sobre quem participaria ou como seria a comemoração de aniversário preparada pela gestão da Cemig.
Entretanto, mantínhamos sempre a clareza sobre quem deve ser protagonista nesta festa: a categoria eletricitária e o povo de Minas Gerais.

Trabalhadores e trabalhadoras altamente qualificados e seriamente comprometidos com a natureza pública das atividades de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Uma categoria que jamais abdicou de sua capacidade de organização em torno da defesa de um projeto voltado à geração de empregos e serviços de qualidade. Uma categoria que existe em cada um de nós. Em você, leitor ou leitora.

Por isso, hoje, a homenagem do Sindieletro-MG vai para cada um eletricitário e cada uma eletricitária, da ativa ou aposentado. Vocês que batalharam e continuam na luta por uma outra Cemig. Que, organizados e conscientes do seu papel social nesta empresa e neste Estado, permanecem inabaláveies em defesa de um projeto de Cemig que seja capaz de resgatar a maior empresa pública mineira, a fim de garantir mais 65 anos de história numa empresa em que haja:


Uma gestão voltada ao interesse público, gerando energia com empregos e serviços de qualidade para a população, mantendo preservadas as usinas, patrimônio do povo mineiro.

Estímulo ao desenvolvimento econômico de todas as regiões do Estado, reduzindo as desigualdades regionais.

Capacidade de dar respostas social e ambientalmente sustentáveis aos desafios energéticos e ambientais das próximas décadas, tendo como premissas a transparência e a democracia na gestão.

Valorização do quadro próprio, com realização de Concurso Público e fim da terceirização para gerar empregos dignos, colocando fim às mortes e mutilações de trabalhadores e trabalhadoras.

Uma gestão disposta e capaz de construir uma política de RH eficiente e humana, justa, democrática e com coragem para acabar com a política de privilégios na Companhia.

Ao governador Fernando Pimentel e aos gestores da Cemig deixamos registradas nossas cobranças e os desafios acima elencados, reiterando que a luta do Sindieletro e dos trabalhadores e trabalhadoras da Cemig em defesa desses valores será intransigente, inabalável e inegociável.

Nossa mobilização é permanente, pelo presente e pelo futuro da Cemig com vida, trabalho e dignidade para a categoria eletricitária e a população do Estado de Minas Gerais.

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