Aneel adia decisão sobre outorgas da Renova



Aneel adia decisão sobre outorgas da Renova

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou sua decisão sobre uma possível revogação das autorizações (outorgas) para desenvolvimento de 20 centrais eólicas no Sudoeste da Bahia pela Renova Energia, empresa de energia renovável controlada pela Cemig e pela Light. O assunto estava em pauta, na terça-feira (2), na reunião ordinária da diretoria da Aneel, que acontece toda terça-feira. O adiamento foi avaliado por fontes próximas da Renova como “uma boa notícia”. Segundo fontes do mercado, o prejuízo da empresa com a perda das autorizações pode chegar a R$ 1 bilhão.

Durante a reunião, a Renova apresentou documentos em sua defesa que serão analisados pelo relator do processo, o diretor da Aneel, Efrain Pereira da Cruz. Segundo o órgão regulador, ao retirar o processo da pauta da reunião, nesta terça-feira, Efrain Cruz salientou que pretende que o tema volte a ser avaliado pela diretoria em breve, mas não existe uma data determinada para isso acontecer.

A Renova está correndo o risco de perder as outorgas das usinas em função do atraso no cronograma de obras. No ano passado, a empresa apresentou um prejuízo líquido de R$ 369 milhões, segundo seu relatório de resultados apresentado em março. A receita operacional líquida da Renova em 2018 foi de R$ 136,6 milhões e o Ebitda negativo de R$ 304,8 milhões. Ainda segundo o relatório, hoje a companhia tem em operação três pequenas centrais hidrelétricas (41,8 MW de capacidade instalada) e 51% de 13 outras hidrelétricas (148,4 MW).

Para reverter o quadro, a Renova passa por uma readequação financeira. Entre as ações divulgadas, está a compra de ações ordinárias e preferenciais da Renova Energia, de propriedade do CGI Fundo de Investimento em Participações, pela Cemig Geração e Transmissão, subsidiária da Cemig. Em contrapartida, o CGI receberá títulos da dívida emitidos pela Renova e subscritos pela Cemig GT e Light.

Também foi acertada, dentro do processo de reestruturação da Renova, a venda do Complexo Eólico Alto Sertão III, que fica na Bahia, para a AES Tietê Energia.

Fonte: O Tempo

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