Matéria recentemente publicada pelo site MoneyTimes, especialista em mercado financeiro, apontou que, na avaliação da XP Investimentos, a privatização da Copasa tem possibilidade baixa de acontecer. Os analistas da XP dizem que, apesar do contrato com o BNDES para estudos técnicos de venda da Copasa, o governador Romeu Zema tem dificuldade de articulação política na Assembleia Legislativa de Minas.
Mas o site não aprofundou a avaliação sobre mais dificuldades. Mas, dizemos: Tem a PEC 50 que exige três quinto dos votos dos deputados estaduais e a realização de referendo popular junto à população do Estado. E pesquisas já apontaram: o povo mineiro é contra a privatização da Cemig e da Copasa.
As dificuldades para vender a Copasa são as mesmas para a privatização da Cemig. E tem luta dos trabalhadores para impedir a venda das duas estatais.
Confira a matéria do MoneyTimes:
Copasa: para analistas, processo de privatização não deve acontecer
Por Diana Cheng
O Conselho Mineiro de Desestatização (CMD) autorizou a assinatura de contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para realizar estudos técnicos da privatização da Copasa (CSMG3), de acordo com o fato relevante divulgado em setembro.
Embora a notícia alimente a perspectiva de desestatização da companhia, a XP Investimentos continua cética sobre o processo. Na avaliação da corretora, a probabilidade da Copasa ser privatizada é muito baixa, principalmente se considerar a dificuldade de articulação política do partido do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Partido Novo), dentro do Congresso do estado.
Os analistas da XP não acham que a assinatura do contrato entre o CMD e o BNDES deva justificar uma eventual valorização das ações.
“Na nossa visão, os riscos existentes para o processo deveriam justificar um desconto das ações em relação ao preço atual e à Sabesp (SBSP3) em termos de múltiplos”, defendem. A XP tem recomendação de venda para a Copasa, com preço-alvo de R$ 46.
A percepção da Planner é mais otimista. A corretora indica a compra do papel, com preço-justo de R$ 61. O valor corresponde a um potencial de alta de 23,6% em relação ao fechamento do último pregão.