O Amapá voltou a enfrentar um apagão na tarde da quarta-feira (13). Dos 16 municípios do Estado, pelo menos 13 registraram problemas, segundo a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), distribuidora de energia. Em novembro, quase todo o Estado sofreu com um apagão que durou cerca de 20 dias.
A CEA informou à reportagem do G1 que, a princípio, houve alguma falha na linha de transmissão. A Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), empresa privatizada que administra a principal subestação do estado, não se posicionou.
Foi exatamente em uma subestação da LMTE que aconteceu o incêndio responsável pelo apagão de novembro. A reportagem informa, ainda, que procurou também o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), mas não obteve retorno.
O mal da privatização
O caos vivido pelo Amapá é atribuído à falta de manutenção da subestação, onde transformadores de energia pegaram fogo. A empresa privada LMTE é a única responsável por conectar o Estado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) de energia. A estrutura danificada era formada por três transformadores. Mas, apenas dois estavam em operação desde dezembro de 2019.
A Linhas de Macapá pertencem à companhia espanhola Isolux, que entrou em recuperação judicial e, hoje, se chama Gemini Energy. Ela detém 85,04% da participação na linha. Enquanto o restante pertence à Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), uma autarquia do governo federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).
Com o incêndio em novembro passado, a energia de 13 dos 16 municípios do Amapá foi cortada. Ao menos 89% da população, 765 mil pessoas, foi prejudicada pela interrupção que afetou ainda o fornecimento de água potável e o acesso às telecomunicações. Até as eleições tiveram de ser adiadas. A capital Macapá só definiu seu prefeito em dezembro.
Fonte: Rede Brasil Atual