Alegações para mudanças na Forluz não convencem



Alegações para mudanças na Forluz não convencem

A categoria precisa tomar conhecimento, pressionar os conselheiros eleitos e as entidades representativas para que o Plano B – negociado e aprovado em 1997 pelos participantes- seja mantido com todas as conquistas.

O Regulamento do Plano B foi construído com importantes garantias como a que assegura que, neste plano, não existe o Voto de Minerva por parte das patrocinadoras.

Esse fato impede que decisões importantes, que afetam a vida de milhares de pessoas, sejam tomadas atendendo a interesse de qualquer das partes sem debate para a compreensão do real impacto da mudança, no presente e no futuro do plano e na vida dos participantes.

 Está nas mãos dos conselheiros eleitos cumprirem um papel importante na defesa do Plano e dos direitos dos participantes uma vez que qualquer alteração só é possível com o voto desses representantes eleitos.

Além de sua responsabilidade estatutária, esses representantes firmaram compromisso durante as eleições de consultar os participantes antes de decisões como a que agora está colocada. Este compromisso inclui a solicitação por parte dos eleitos para que as entidades realizem assembléias, para consultar os participantes, para assuntos relevantes como é o caso das alterações no Plano B.

A quem a mudança no Plano B atinge?

A proposta que a Cemig deseja altera o regulamento do Plano B, fechando a opção de benefício vitalício para os novatos que aderirem ao plano a partir deste ano.

Não podemos, em hipótese alguma, cair nesse conto de que a mudança vale “apenas para os novatos”.  Lembramos que, em novembro do ano passado, a proposta da patrocinadora era abrir um plano novo – apelidado de C - com a mesma desculpa de abrigar os novos participantes. Na ocasião todos os conselheiros eleitos, o diretor de Relações dos Participantes, e também Sindicatos e associações se uniram contra a proposta. A proposta era criar um novo plano de Cotas somente para os novatos.

Estratégia empresarial mudou em 2018

As direções da Forluz e da Cemig bem que tentaram emplacar em 2017 a criação do tal Plano C, mas vendo que um novo Plano - teria pouquíssima chance de se viabilizar, em função do seu tamanho, das exigências para a sua criação e do custo administrativo maior, tirou da manga uma nova proposta.

Kinder Ovo  

Ai surge, no dia 31 de janeiro de 2018, a nova proposta de alterar o Plano B para fechar o Vitalício aos novatos  – novamente sem uma justificativa convincente, além de que, faz parte da  encomenda da Cemig, a redução de riscos atuarias nos Planos A e B ( transferindo aposentados do Vitalício para Cotas).

Repetimos que qualquer alteração dessa ordem e impacto depende do voto dos Conselheiros Eleitos!!!

Agora tudo está ficando mais claro: a Forluz quer transformar o Plano B para que ele fique um “CD puro”, apenas a opção de Cotas ficaria aberta, exatamente o que ela queria com o Plano C.

As justificativas para “dourar a pílula” e passar as mudanças são velhas conhecidas do eletricitário. Dizem que a alteração “é somente para os novatos”, “que será opcional” e que “não vai atingir o direito adquirido de ninguém”.

Ou seja, na expectativa empresarial de comer os direitos dos eletricitários de pelas beiradas, acabando com a categoria vitalícia, segue o roteiro de sempre.

Mas a verdade é uma só: a Cemig está buscando meios de transferir todos os custos e riscos para os participantes.

Representantes eleitos estão cumprindo com seus compromissos?

Lamentamos que essa proposta esteja sendo defendida pela Diretoria da Forluz, inclusive pelo DRP,  Vanderlei Toledo, eleito pelo voto para a defesa dos direitos do eletricitário. Outra má notícia é que apenas o conselheiro Guilherme de Andrade Ferreira declarou seu voto contrário às mudanças no plano.

É preciso lembrar aos outros conselheiros- João Wayne Oliveira Abreu e José Renato de Carvalho Barbosa - e os suplentes Ângela Maria de Oliveira Souza, Flávio Marcos Alves Juste e Marcos Túlio Silva, de seus compromissos de campanha.

Todos esses representantes foram eleitos com o apoio do Coletivo de Entidades com o compromisso de levar as alterações nos regulamentos dos planos para a deliberação dos trabalhadores em assembleias.

Iceberg

Temos que ampliar o debate e informar à categoria que fechar o plano vitalício para os novatos é somente a ponta do Iceberg. A encomenda da Cemig é que os aposentados dos planos A e B migrem para um plano de cotas. Na verdade cobramos transparência da Cemig e da Forluz para que fique claro para toda categoria, ativos e aposentados, todas as propostas da patrocinadora.

Espalhando insegurança

Para justificar a conivência com este ataque ao Plano B, alguns representantes eleitos alegam estar sobre enorme pressão para aprovar as mudanças antes  que a Cemig seja privatizada. Seguem assustando a todos com projeções  de que a empresa será vendida e retirará o patrocínio dos planos e “esquecem de dizer” que o Plano B está equilibrado e que a Forluz tem um patrimônio de R$16 bilhões que pertence aos participantes.

O Sindieletro, a AEA e a ABCF já se posicionaram firmemente contra a votação das modificações no regulamento do Plano B no dia 07 de março e cobram a abertura de negociação direta com as entidades. O Sindicato cobra dos representantes eleitos e da direção da Forluz respeito as negociações, responsabilidade e transparência na gestão do patrimônio construído pelos trabalhadores!

 

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