A negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2025 dos trabalhadores da Energisa segue com total desrespeito da gestão à categoria. A empresa negou toda a pauta apresentada e ainda propôs um reajuste salarial rebaixado, limitado ao INPC de apenas seis meses. Como se não bastasse, quer impor a flexibilização do horário de refeição; decisão que ficaria a critério da empresa, o que pode abrir margem para mais abusos e controle sobre a jornada.
Além disso, a Energisa quer acabar com a folga quinzenal garantida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu artigo 386, às trabalhadoras que atuam aos domingos, propondo apenas um dia de descanso a cada 30 dias. Isso não é “igualdade de tratamento”, é a tentativa de retirar uma proteção mínima diante da desigualdade estrutural que ainda marca o mundo do trabalho.
A proposta da empresa é, na prática, uma ofensiva para baratear a força de trabalho e desmontar direitos conquistados com muita luta no decorrer de vários anos. Em vez de reconhecer o esforço diário dos trabalhadores e trabalhadoras, a Energisa opta por seguir a lógica do lucro a qualquer custo, mesmo sendo uma das maiores empresas de energia do país.
Diante de tamanho desrespeito, a proposta foi recusada ainda em mesa. Os representantes do sindicato cobraram uma resposta que realmente contemple a pauta dos trabalhadores.
Reafirmamos: direitos conquistados não são revogados em mesa de negociação. Nenhum ACT pode atropelar o que está garantido por lei. Seguimos em luta por um ACT justo e digno para os trabalhadores da Energisa.