ACT 2014/2015: semana começa com setoriais e mais mobilização



ACT 2014/2015: semana começa com setoriais e mais mobilização

O Sindieletro iniciou esta segunda-feira com mais uma série de reuniões setoriais em todo o Estado para dar informes e novos encaminhamentos para a nossa Campanha de Renovação do ACT 2014/2015. A categoria está se posicionando firmemente pela ampliação da mobilização, imediatamente, para que as negociações tenham avanços.

Nas setoriais da Cemig do Anel Rodoviário, Itambé e São Gabriel os trabalhadores destacaram a necessidade de intensificar as lutas, com mais pressão. O destaque da mobilização, segundo os eletricitários, deve ser a exigência do pagamento ainda este mês do aumento real de 3% e o cumprimento das demais conquistas do dissídio do ACT 2012, julgado pelo TST, sem esquecer de cobrar firmemente avanços na negociação de toda a nossa pauta.

Na Itambé houve muita participação dos eletricitários e eletricitárias, com perguntas para esclarecimento de dúvidas e sobretudo com o posicionamento de mais luta. “Queremos resposta concreta, queremos os 3% imediatamente e a negociação rápida de toda a nossa pauta de reivindicações”, destacou um trabalhador.

O sentimento da categoria na Itambé é que o Sindicato, por mais empenho que tenha na mesa de negociações, por mais pressão que faça para que os negociadores da Cemig anunciem finalmente propostas para a renovação do ACT, a entidade não vai conseguir avanços sem a participação e luta de todos os trabalhadores.

Foi consenso entre os eletricitários que não dá mais para eles assistirem a negociação com passividade. Diante desse entendimento, vários trabalhadores propuseram mais mobilização e não descartaram a paralisação durante uma das reuniões de negociação caso a empresa continue sem apresentar proposta para as reivindicações da categoria. Também defenderam ser fundamental preparar uma ação para cumprimento imediato da sentença do TST para o ACT 2012, caso a Cemig continue sem viabilizar a decisão, sobretudo o pagamento dos 3% e do retroativo.

Debate bom no interior

De manhã foi realizada uma setorial muito participativa em Montes Claros. Dirigentes sindicais passaram os informes das reuniões e ouviram a opinião da categoria sobre o processo de negociação. No debate ficou claro que existe uma ansiedade muito grande por parte da categoria em relação à negociação, sobre o pagamento dos 3% e sobre a mobilidade e a primarização.

Como em Montes Claros não existe plantão próprio e nem, trabalhadores da Companhia para treinar os novos eletricistas que serão admitidos, a expectativa dos trabalhadores é que o discurso sobre a primarização se torne realidade e que haja avanços na negociação. Trabalhadores relataram a necessidade de acelerar o debate sobre os critérios para o Banco de Oportunidades, interrompendo as transferências de local e função definidas arbitrariamente pelas chefias.

Em Ponte Nova, na Mantiqueira, vários trabalhadores da subestação participaram da setorial debatendo o processo de negociação e a importância do trabalhador contribuir com os debates na mesa temática. Nesta segunda também teve debate na subestação de Barbacena.

Disposição de participação

Além dos 3% de aumento real garantido pelo TST, outras pendências foram abordadas pelos trabalhadores da Itambé, que se mostraram muito dispostos à participação com perguntas aos dirigentes sindicais. A seleção interna foi um dos temas mais comentados, sobretudo pelos eletricistas da rede subterrânea. Eles foram informados que o conjunto das reivindicações dos trabalhadores da rede subterrânea será tema específico de reunião com a Cemig.

Outros assuntos também foram discutidos, a primarização das atividades fim nas áreas da linha viva, rede subterrânea e inspeção, com a contratação imediata de 1.500 eletricistas, evoluindo-se para mais contratações, incluindo os eletricistas do plantão, entre outras reivindicações.

Valor de 3% é pequeno diante do montante distribuído para os acionistas

No São Gabriel os trabalhadores destacaram que o pagamento dos 3% representa pouco diante do que a Cemig já distribuiu para os acionistas. “Não faz sentido demorar tanto para pagar os 3%, quanto mais adiar maior é o risco da Cemig de ter que gastar mais com o pagamento”, alertou um eletricitário. Na setorial do São Gabriel os trabalhadores também criticaram que os superintendentes, gerentes e supervisores continuam com a mesma mentalidade anterior de desrespeitar e não ter diálogo com os eletricitários. Segundo os trabalhadores, a direção da Cemig precisa mudar de fato e isso passa por não permitir desrespeito das chefias.

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