ACT 2014/2015: primeiras assembleias rejeitam proposta indecente



ACT 2014/2015: primeiras assembleias rejeitam proposta indecente

Nas primeiras assembleias deliberativas sobre a contraproposta da Cemig para celebração do acordo coletivo de 2014/2015, os eletricitários estão deixando claro que não aceitam mais a falta de diálogo que marcou os últimos 12 anos de gestão da Cemig.

Queremos negociar todos os itens da pauta, inclusive o aumento real de salários. Chega de descaso com os trabalhadores e de repasses milionários de dividendos para os acionistas, queremos uma gestão que respeite e dialogue com os trabalhadores.

Se a direção da empresa não entendeu o recado dado no ano passado, os eletricitários estão se mobilizando para repetir a dose e fazer chegar aos ouvidos dos gestores que não aceitam a contraproposta e estão dispostos a fazer uma grande paralisação. É o que estão indicando as primeiras assembleias deliberativas realizadas nesta quarta-feira, 25.

No Anel Rodoviário os trabalhadores reprovaram a contra proposta da empresa e votaram pela paralisação das atividades no próximo dia 4 de dezembro. Nesse mesmo dia do ano passado, os eletricitários quebraram a resistência da empresa que teve que voltar à mesa de negociação. A data ficou marcada para sempre na história da categoria, como o dia que a sede parou.

Um eletricitário do Anel Rodoviário resumiu perfeitamente o sentimento de toda a categoria: “Estamos indignados com essa gestão que dá migalhas para o trabalhador e milhões para os acionistas. Há anos a Cemig não consegue entrar na lista das melhores para se trabalhar, não queremos mais esse modelo de gestão. Temos que mandar um recado para o PSDB que eles perderam, e para o PT que queremos mudar essa realidade”, desabafou.

Para um trabalhador de Sete Lagoas já ficou claro que a Cemig não respeita mesmo o trabalhador. “Primeiro a empresa recebe a pauta e fica 35 dias com ela parada. Depois marca a primeira reunião e pede mais 10 dias para analisar os itens. Aí me vem com essa conversa fiada que não ir negociar nenhum item e que está cumprindo apenas a sentença normativa. Por que a empresa não disse isso logo na primeira reunião? Isso me deixa chateado, ser feito de palhaço”.

As assembleias continuam até o dia 2 de dezembro. Participe, mostre você também a sua indignação com a falta de diálogo e respeito da Cemig com a categoria.

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