Acidente mutilou trabalhador de Araguari

Com tristeza e indignação o Sindieletro divulga que o eletricitário da empreiteira Celminas, Edmilson Andrade, de 40 anos, teve que amputar o antebraço esquerdo no último dia 5. O Sindicato manifesta todo o apoio e solidariedade a Edmilson - que sofreu acidente de trabalho em 27 de junho quando fazia manutenção da Cemig perto de Araguari- e a seus familiares.

As mutilações e mortes de trabalhadores são consequência de um modelo de gestão que prioriza o lucro. Apesar das permanentes denúncias e da condenação da Cemig em ações trabalhistas, a diretoria da empresa insiste na terceirização. Essa forma primitiva de contração promove, de forma sistemática, a mutilação e a morte de trabalhadores. Na última década, a terceirização deixou um rastro de dor, indignação e humilhação entre os eletricitários.

Quase uma semana após o acidente com Edmilson, a Cemig ainda não emitiu comunicado sobre o episódio e o Sindieletro teme que a Cemig mantenha a postura omissa e irresponsável que adotou no acidente com o eletricista Lúcio Nery, em Patrocínio. O trabalhador, acidentado em 11 de abril, perdeu dois antebraços e uma perna, mas, sequer foi ouvido pela comissão criada pela Cemig para apurar o acidente. Na reunião da Cipa, representantes da Cemig ainda defenderam a empreiteira.

Mesmo que não queira, a Companhia terá que prestar contas das condições de segurança nas empreiteiras. O Ministério Público do Trabalho de Patos de Minas abriu inquérito para investigar a situação na Eletro Santa Clara e outras empreiteiras do Triângulo. O Sindicato vai dar total apoio ao MPT para combater a terceirização na Cemig que mata e mutila trabalhadores, mas, não desperta nenhuma comoção nos gestores da empresa.