Acidente de trabalho: Primeira morte de eletricitário no ano

Os eletricitários têm grande oportunidade de acabar com as mortes e mutilações de trabalhadores a serviço da Cemig por acidente de trabalho, com a implantação de uma política de saúde e segurança que preserve a vida, construída coletivamente com a categoria. E o Sindieletro cobrou da direção da empresa o debate profundo sobre medidas a serem tomadas para evitar mais mortes e mutilações de eletricitários.

Este ano, infelizmente, aconteceu novo acidente de trabalho que causou a morte de um eletricitário terceirizado, no dia 15 de janeiro. Uma equipe de construção de linhas de distribuição da empreiteira Engelmig Elétrica, contratada da Cemig e formada por dez trabalhadores foi vítima de acidente na altura do quilômetro 149, da BR 367, no sentido Almenara-Jequitinhonha.

O caminhão saiu da pista e chocou-se com a lateral da rodovia. Infelizmente, o trabalhador Cláudio Gomes da Silva teve ferimentos gravíssimos, precisou amputar um braço, mas depois veio a falecer, em conseqüência das seqüelas.

O Sindieletro lembra que nos últimos 12 anos alertou a antiga diretoria da Cemig para a necessidade de discutir com a organização dos eletricitários uma política eficiente de saúde e segurança. Nesse período, morreu um eletricitário a cada 45 dias, em média. Não se pode aceitar tal situação continue acontecendo. A entidade já cobrou da nova diretoria diálogo e negociação permanentes, e a saúde e segurança é para ontem.

Participação na investigação

Uma comissão de investigação do acidente foi formada e o Sindicato cobra participação na apuração. Até o momento, a entidade ficou de fora das investigações de acidentes com trabalhadores terceirizados por conta da posição da antiga diretoria da Cemig de não aceitar de forma alguma a nossa participação. A apuração tem que ser ampla e irrestrita.