O Sindieletro continua cobrando da Cemig o acerto dos trabalhadores demitidos da Terceiriza. O Sindicato reivindica também que seja pago, com retroativo, 30 vales alimentação por mês, que foram cortados dos trabalhadores, autoritariamente. A redução significou, em média, 20 vales por mês, um prejuízo de R$ 140,00 mensalmente. Além disso, a empreiteira passou a não fornecer vales nas férias e também nos feriados. Pela segunda vez, questionado sobre os prejuízos impostos para os demitidos da Terceiriza, o presidente da Cemig, Mauro Borges, disse que vai resolver a pendência dos vales. Porém, até o momento, nada teve solução.
Existe ainda uma promessa da empresa de pagamento do acerto nos dias 21 e 22 de março. Estamos atentos, cobrando insistemente pelos direitos dos trabalhadores.
Entenda o caso
O dia 12 de fevereiro foi o último dia de serviço dos trabalhadores da empreiteira Terceiriza, contratada da Cemig. A Serta substituiu a Terceiriza na prestação de serviços de limpeza e conservação a partir do dia 13. Aproximadamente, 150 trabalhadores foram aproveitados no novo contrato, outros 100 pais e mães de famílias foram demitidos, sem piedade. Até o momento, nada do pagamento do acerto. Enquanto isso, aumentam a incerteza e o desespero dos trabalhadores.
Em acordo feito no Ministério Público do Trabalho, ficou acertado que a Terceiriza pagaria a rescisão e, caso não cumprisse, a Cemig deveria reter as faturas e fazer o pagamento. Mas no frigir dos ovos, a Terceiriza não pagou a rescisão, e a Cemig não resolve o problema.
O Sindieletro já denunciou para o Ministério Público que o acordo não foi cumprido, cobrando uma ação para garantir o pagamento para os trabalhadores.
A lista de irregularidades da Terceiriza com a Cemig é enorme, mas ambas fazem vistas grossas. Enquanto isso, a Terceiriza leva a vida tranquila na Cemig, já que continua prestando serviços por meio de outros contratos com a estatal. A empreiteira deveria ser proibida de participar de qualquer licitação na Cemig. Por que isso não acontece?
Os trabalhadores ainda perderam com o corte do vale alimentação nas férias e feriados. Antes eram 30 vales, mas passou para 20 e foi ainda menos quando caia feriado no mês. O benefício também foi cortado durante as férias. Essa perversidade significou tirar arroz e feijão da mesa desses trabalhadores. Enquanto isso, 180 empregados estão se moendo para fazer o mesmo serviço que era feito por 251 trabalhadores.
Resultado da lambança: a Cemig reduziu seus custos, a Serta está lucrando mais que a Terceiriza e os trabalhadores estão no prejuízo e correndo sério
risco de calote.