Acampamento em São Simão foi “treinamento” para mais lutas



Acampamento em São Simão foi “treinamento” para mais lutas

O Acampamento na usina de São Simão, em defesa das hidrelétricas da Cemig, contra a privatização, foi desmontando na sexta-feira, dia 25. Mas os acampados permanecem com a atenção redobrada e dispostos a organizar mais guerreiros para novos acampamentos, dessa vez não só em São Simão, mas nas demais hidrelétricas da empresa ameaçadas de privatização (Jaguara, Miranda e Volta Grande).

O acampamento, na avaliação do eletricitário aposentado, Fábio Carvalho, que trabalhou em São Simão e foi por anos diretor do Sindieletro, representou um “treinamento” para a intensificação da luta contra a privatização das usinas. Ele acredita que, agora, é necessário reunir não só os trabalhadores e integrantes dos movimentos sociais. Toda a população mineira deve ser convocada a lutar pelas usinas.

Foi uma semana inteira de muitas ações de mobilizações no acampamento, com a participação de dirigentes do Sindieletro, SindUTE (Sindicato dos Trabalhadores na Educação em Minas), MAB (Movimento dos Atingidos por Barragem), CUT e Plataforma Operária e Camponesa pela Energia, entre outras entidades. Os acampados realizaram escrachos, audiências, panfletagem, contatos com prefeito, vereadores e população de Santa Vitória, onde está localizada a usina de São Simão, seminário e atos públicos, entre outras atividades.

O coordenador geral do Sindieletro, Jefferson Silva, homenageou Fábio Carvalho, destacando que ele foi “a inspiração do acampamento”, pela experiência que acumula de inúmeras mobilizações, ao longo de décadas, em defesa da categoria eletricitária e de todas as demais categorias de trabalhadores, sem falar nas lutas por justiça social.

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