Acaba com vigilância nas subestações e usinas



Acaba com vigilância nas subestações e usinas

O Sindieletro recebeu denúncias de que a Cemig está substituindo os trabalhadores da segurança nas subestações e usinas por câmeras de vigilância.

A opção da empresa não levou em consideração diversos aspectos relacionados à vulnerabilidade das instalações e do sistema elétrico nacional. Muito menos se importou com fatores ligados à condição humana, que sequer foram discutidos com os principais envolvidos nas atividades, os trabalhadores.

A empresa segue a mesma lógica da gestão passada, de redução de custos de forma irresponsável para o aumento do lucro, não se importando com as graves consequencias que colocam em risco o patrimônio da Cemig.

Como a maioria das subestações está localizada próxima aos centros urbanos, essas instalações ficarão vulneráveis, podendo ser alvo de furtos de equipamentos, cabos elétricos ou até mesmo invadidas por crianças, em busca de brinquedos. Tudo vai expor ao risco não só os trabalhadores, mas também a população e o próprio sistema elétrico nacional.

As últimas ocorrências têm nos mostrado o perigo existente nas subestações. Em fevereiro, um incêndio na subestação Pampulha, na região Norte de Belo Horizonte, deixou mais de 90 mil consumidores sem energia elétrica.

Na subestação de Itacarambi 2, no Norte de Minas, onde não existem vigilantes, ladrões tentaram levar um dos transformadores de grande potência, que compõe o sistema no local. O alto custo do equipamento e os danos ocasionados pela interrupção no sistema elétrico, além da manutenção necessária para retornar a normalidade na subestação, infelizmente não entram nas contas dos gestores responsáveis pela decisão de substituir pessoal por câmeras.

O coordenador do Sindieletro na Regional Mantiqueira, Edvaldo Pereira da Silva, critica a opção da empresa, que já alterou a forma de vigilância em vários locais na região. “A famigerada substituição de trabalhadores por equipamentos automatizados trazem, na sua essência, o aumento do lucro pela diminuição de despesas com pessoal. Entretanto, na lógica capitalista não são contabilizadas as vidas atingidas pelos diversos danos dessas mudanças”, afirma.

O Sindieletro procurou o gerente de Relações Sindicais da Cemig, Bruno Vianna, para explicar os motivos da ação, mas ele não retornou.

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