A superexploração dos explorados



A superexploração dos explorados

Apesar do sorriso fácil, do jeito dócil, acolhedor e paciente da empregada da Terceiriza em Itabira, Luzia Venâncio Duarte, não há como esconder a revolta perante a situação de abandono e dos constantes atrasos no pagamento dos salários.

Para protestar e exigir uma solução rápida, os trabalhadores e as trabalhadoras da Terceiriza fizeram uma paralisação em frente à unidade da Cemig em Itabira na quarta-feira (1º).

O salário de abril, que deveria ter sido pago até o quinto dia útil de maio, ainda não foi quitado, e não há garantias de que os trabalhadores receberão o salário de maio, um absurdo que a Cemig finge que não vê.

Aos 62 anos de idade, e há 32 anos prestando serviços para a Cemig, Luzia Venâncio desabou: “Nunca imaginei que depois de tanto tempo trabalhando para a Cemig tenha que fazer paralisação para receber salário”.

A situação dos trabalhadores da Terceiriza em todo o Estado está insustentável e análoga à escravidão. Além do atraso no pagamento dos salários, a empresa não está fornecendo o tíquete refeição e o vale transporte é liberado a conta gotas, o que provoca sérios problemas financeiros aos trabalhadores e trabalhadoras. Eles são superexplorados pelos baixos salários.

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