A solução é retomar o Brasil!



A solução é retomar o Brasil!

A realidade é alarmante. Temer e seus comensais estão tentando liquidar o Brasil. Cemig, Eletrobrás, Petrobras, a Casa da Moeda, as reservas ambientais que deveriam ser protegidas, as rodovias, ferrovias, terminais portuários, mineração, ativos de geração e distribuição de energia elétrica e o saneamento básico. Tudo está sendo colocado a serviço do capital.

Ao que tudo indica, enquanto a justiça não chega ao presidente golpista e a sua trupe de ministros corruptos - isso se chegar algum dia - eles correm contra o tempo para entregar o que prometeram: o fim dos direitos da classe trabalhadora e o patrimônio do povo brasileiro.

Chega a ser assustador o tamanho da contradição no nosso país. Um governo ilegítimo que, de um lado, é submisso e vassalo dos interesses do capital especulativo e rentista, seja ele nacional ou internacional. Do outro, uma face autoritária, conservadora e retrógrada, defensora de uma pauta clara de retirada de direitos fundamentais dos trabalhadores e trabalhadoras para privilegiar os empresários.

Tomemos como exemplo o caso da venda das usinas da Cemig. Respondendo por 50% da capacidade de geração da estatal mineira, as quatro hidrelétricas que Temer quer privatizar já foram pagas pela população de Minas. Mesmo assim, diz ele, vai relicitá-las, pois precisa do dinheiro para cobrir o déficit no orçamento, mesmo sabendo que a medida aumentará o preço das tarifas. E caso isto aconteça, adivinhe quem paga a conta? Isso mesmo: você, consumidor.

Entretanto, além da alta nas tarifas, a venda das usinas coloca na berlinda algo muito maior: a soberania de Minas, do Brasil. Conforme recente matéria publicada pela revista Carta Capital, em países como Estados Unidos, Canadá e China (que são fortes interessados em abocanhar as hidrelétricas da Cemig), o controle estatal sobre a geração de energia é fortíssimo. E o motivo é simples: “Nos maiores produtores do mundo, o setor é encarado como estratégico para garantir a independência energética e o desenvolvimento”, explica a matéria do jornalista José Antônio Lima.

Ainda de acordo com outra publicação da revista, em novembro do ano passado, a China já era a segunda maior proprietária de ativos na área de geração de energia elétrica no Brasil. Parece estranho, mas é isso mesmo. O governo golpista quer vender o controle da nossa energia para países que não abrem mão de regular seu próprio setor.

Se o impacto da venda das quatro usinas da Cemig pode aumentar a tarifa e ameaçar a soberania do povo mineiro, imagine o que acontecerá se for concluído o recém-anunciado programa de privatização geral do Brasil, que inclui a Eletrobras, maior empresa de energia da América Latina, seguramente uma das maiores do mundo e responsável por um terço da geração de energia no Brasil.

Numa analogia simplória, é como se Temer estivesse vendendo os alicerces para pagar as prestações da casa. Ou seja, um dia ela cai.
Por isso, precisamos acordar. O povo brasileiro e a classe trabalhadora precisam reassumir o protagonismo e a responsabilidade pela defesa do que é nosso. Quem está pagando a conta hoje e quem pagará no futuro, se nada for feito, seremos nós, trabalhadores e trabalhadoras.

Ao contrário do que diz a famosa música de Raul Seixas, lembrada quando o assunto é privatização, a solução não é alugar, mas retomar o Brasil! Vamos à luta!

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