Por Elisa Novy, diretora do Sindieletro- responsável pelas Secretarias de Formação – da Mulher Trabalhadora - da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.
Na história, esta não é a primeira pandemia que assola a humanidade, mas há um fator que a difere das outras: a influência das redes sociais.
Notícias falsas existiam mesmo antes da escrita. O boca a boca era o único veículo de comunicação das sociedades antigas; mesmo séculos após a invenção da escrita, a oratória continuou a ser a principal forma de produção de “conhecimento”, uma vez que a maioria das pessoas continuava analfabeta.
Hoje, com o advento da internet e das redes sociais, a velocidade com que as notícias se espalham é assustadora.
Informação gera conhecimento, mas quantas informações falsas você já compartilhou em grupos de WhatsApp, sem a intenção de fazê-lo?
As notícias falsas estão custando vidas. Quem ainda não ouviu Jair Bolsonaro dizer que a cloroquina cura? Depois desta fala do presidente, milhares de pessoas correram às farmácias para comprar o medicamento, sem a comprovação científica da sua eficácia no combate ao novo coronavírus.
Tudo isso ganha proporções devastadoras pelo fato de estarmos enfrentando uma doença nova, pouco conhecida na comunidade científica, com alta letalidade e com grande potencial de infecção. As redes sociais são terreno fértil para as fake news. Para não cair na armadilha, sempre leia a matéria completa, e não apenas o título. Verifique a fonte da informação, cheque as datas, verifique se outros meios de comunicação publicaram algo sobre o assunto. Se leu somente em um lugar, desconfie. No mais, aja com bom senso na hora de compartilhar.