A mina do rei salomão



A mina do rei salomão

Pimentel e a gestão da Cemig reafirmaram a lógica de mercado quando, na última sexta-feira, (12), aprovaram na Assembleia Geral Ordinária de Acionistas um reajuste abusivo para a diretoria e conselheiros da Companhia, muito além da inflação. (Veja no quadro abaixo)

De acordo com a ata do encontro, a proposta de reajuste foi apresenta pelo acionista majoritário, que é o Governo do Estado de Minas Gerais. Para o coordenador Geral do Sindieletro, Jefferson Silva, “Fica cada vez mais claro, assim como nos governos anteriores do PSDB, que no governo Pimentel continua a mesma política de entrega da Cemig para o mercado financeiro, preparando o caminho para a privatização. É a imoralidade dos que legislam em causa própria para aumentar seus salários e privilégios. É o aprofundamento do projeto de Aécio Neves e Anastasia quando governaram o Estado”, criticou.

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O aumento acontece enquanto a empresa alega problemas financeiros, reduzindo o número de trabalhadores do quadro próprio, executando um agressivo programa de desligamento e fazendo demissões arbitrárias de eletricitários (as), afirmando a necessidade de “adequação do custo operacional”.

“É a incoerência do discurso financeiro da empresa que responsabiliza o custo operacional pela crise e, contraditoriamente, mantém a conivência com as empreiteiras que, de fato, encarecem o custo operacional”, explica Jefferson. “São obras sobredimensionadas para pequenos consumidores e obras subdimensionadas para grandes consumidores. Em milhares dessas obras, o valor final fica até 150% acima do orçado e é a Cemig que paga a conta”, completa.

O projeto que está aí colocado pelo governo do Estado e pela gestão da empresa não tem nenhum compromisso em oferecer à população de Minas Gerais um fornecimento de energia elétrica e serviço de qualidade, muito menos condições dignas de trabalho. “O presidente,diretores e conselheiros da Cemig ficarão por um tempo determinado na empresa, suficiente para entregá-la ao mercado financeiro e ao setor privado. A Cemig, hoje, representa um fragmento da política do programa golpista do governo ilegítimo de Michel Temer. Essa é a pior gestão de todos os tempos!”, conclui Jefferson.

O Sindieletro manifesta total e irrestrito repúdio ao aumento concedido aos diretores e conselheiros da Cemig e informa que o representante dos trabalhadores no Conselho de Administração, Arcângelo Queiroz, já enviou documento à empresa abrindo mão integralmente do reajuste.

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