A luta é agora! Em defesa da Forluz e Cemig Saúde



A luta é agora! Em defesa da Forluz e Cemig Saúde

A Forluz e a Cemig Saúde são uma das mais importantes conquistas da categoria eletricitária para a nossa dignidade como eletricitário aposentado e ativo. Com muita mobilização ao longo de décadas,  os trabalhadores ativos e aposentados obtiveram o direito de representação e voto no fundo de pensão e no plano de saúde por meio de eleições de eletricitários  para as Diretorias de Relações com os Participantes (DRPs) e Conselhos Deliberativo e Fiscal, respectivamente.

Agora, a pergunta que não quer calar é: o que poderá acontecer com a Forluz e a Cemig Saúde caso a Cemig seja privatizada? As notícias sobre os impactos da privatização para a nossa saúde e nossa previdência privada são péssimas, mas podemos impedir a tragédia. O que vai fazer a diferença para evitar a venda da Cemig será a nossa resistência, será nossa união.

A MOBILIZAÇÃO contra a privatização da Cemig vem acontecendo em várias frentes. O Sindieletro está permanentemente nos locais de trabalho, nas ruas, na Assembleia Legislativa, na Câmara dos Deputados e em todos os demais espaços de debate para esclarecer a população e os políticos sobre a importância da Cemig para o desenvolvimento de Minas, para os serviços e empregos de qualidade, para a saúde e previdência de milhares de pessoas, incluindo aposentados e suas famílias.

O governador mente

Também estamos denunciando que o governador Romeu Zema está sucateando a Cemig para vender, com fechamento de bases operacionais, com falta de investimentos, demissões e, lamentavelmente, com mentiras e desrespeito à categoria eletricitária. Zema várias vezes demonstrou falsidade e desconhecimento sobre a Cemig, afirmando que a empresa é entrave para o desenvolvimento de Minas. É justamente o contrário, a estatal é fundamental para o desenvolvimento e para projetos sociais em benefício dos mineiros.

O que vai acontecer se privatizar?

Lutaremos à exaustão contra a privatização, mas se a venda da Cemig concretizar, o novo controlador pode optar, na Forluz, segundo a ex-diretora do Sindieletro e da DRP da Fundação, Cláudia Ricaldoni por: manter os planos como são hoje, ou alterar o regulamento dos planos, lembrando que as mudanças do plano A não valem para os aposentados que já têm o direito adquirido e que o Estatuto do Plano B prevê que serão necessários os votos dos Conselheiros eleitos para as modificações e, neste caso, a patrocinadora não tem voto de desempate.

Os compradores poderão optar também por manter os planos de previdência dos eletricitários sem o seu patrocínio (co-participação). Com isso, os planos atuais são extintos e os participantes recebem suas reservas à vista ou podem transferi-las para contratar um novo benefício em entidade de previdência aberta ou fechada. Esse novo benefício será, em média, 25% menor que o antigo.

Se transferir a gestão dos planos para outra entidade, os participantes perdem o diretor eleito (DRP), e a patrocinadora passa a ter voto de qualidade, facilitando as alterações indesejáveis para os participantes.

Há outra situação: se o governo de Minas conseguir a privatização da Cemig, o que não será fácil, porque para vender precisa dos votos de três quintos dos deputados estaduais e a realização de um referendo popular com a posição do povo mineiro se quer ou não quer o negócio, os participantes poderão se mobilizar para incluir no edital de venda a garantia de que o comprador privado irá manter a Forluz e o Cemig Saúde com as mesmas regras atuais.  Um luta de Davi contra Golias, não é?

 Cemig Saúde, como pode ficar?

As decisões possíveis do novo comprador serão: manter o plano como é hoje, extinguir o plano para todos os trabalhadores, ativos e aposentados, manter só para os ativos, retirar sua co-participação, deixando o trabalhador ativo e aposentado só com suas contribuições (o que vai aumentar estrondosamente as contribuições dos participantes) ou simplesmente acabar com o Cemig Saúde e contratar um plano de mercado, deixando ao aposentado a situação da cruz e a espada, ou seja, ou paga um plano caríssimo, ou vai para o SUS.

A luta é agora! 

Portanto,  fica claro que o melhor e mais importante é LUTAR AGORA contra a privatização da Cemig. O caso é, “se correr  o bicho pega, se ficar  o bicho come”.

Vamos à luta, vamos nos unir na resistência contra a privatização da Cemig. Defender o que é nosso direito e a nossa dignidade. Participe de todas as ações de mobilização convocadas pelo Sindieletro e no dia a dia converse com seus amigos, com seus vizinhos e familiares para a adesão a essa luta, porque todos serão prejudicados: a sociedade, os trabalhadores ativos e os aposentados.

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