A lógica é arrochar e explorar ainda mais os terceirizados



A lógica é arrochar e explorar ainda mais os terceirizados

A atual gestão da Cemig leva o ditado popular de que a corda sempre arrebenta do lado mais fraco ao pé da letra. Principalmente quando o assunto envolve os prestadores de serviços que já são super explorados, com salários baixos e quase não têm direitos.

E por que não arrochar os salários e explorar ainda mais esses trabalhadores, com a perversa lógica de fazer mais com menos? É o que está acontecendo em Betim, onde, a partir da próxima segunda feira, dois de julho, a Conservadora Campos vai assumir os trabalhos de serviços gerais. Haverá redução de jornada e de salários.

Porém, o contrato assinado entre as empresas estabelece, como regra para a remuneração, o metro quadrado. Com isso, o número de prestadores de serviços será reduzido de seis para apenas dois. Ou seja: os trabalhadores que ficarem irão se desdobrar para dar conta de todo o serviço de limpeza e conservação da Cemig em Betim.

Como se não bastasse a redução do quadro, a carga horária dos trabalhadores será reduzida de oito para seis horas e eles perderão também o direito ao tíquete alimentação. O que a Cemig está fazendo com a política de fazer mais com menos é uma perversidade, é uma exploração com os trabalhadores mais humildes que prestam serviços para empresa.

Procurado para falar sobre o assunto, Brás Freire, administrador da Conserva Campos, disse que com a redução do número de trabalhadores da Cemig os contratos tiveram que ser adequados à nova realidade. De acordo com ele, a empreiteira age em conformidade com a lei e com a Convenção Coletiva da categoria.

O diretor do Sindieletro em Betim, Nino Magno de Souza Passos, está revoltado com a situação dos trabalhadores e frisa que o que está acontecendo é reflexo da Reforma Trabalhista aprovada. “Se nós, que temos uma condição financeira melhor, já passamos dificuldades, imagina como vão ficar esses trabalhadores?”, questiona.

 

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