A gestão Zema continua destruindo a nossa Cemig! Agora é a vez do LEATEP

Recebemos com muita indignação a denúncia sobre a desativação do Laboratório de Ensaios de Alta Tensão e Equipamentos de Proteção (LEATEP), instalado na base operacional do Anel Rodoviário (AR), em Belo Horizonte.

O laboratório, que já esteve instalado na base Jatobá, tem mais de 30 anos de funcionamento e sua fundação visava o monitoramento e controle das condições de isolamento dos equipamentos individuais, coletivos e equipamentos instalados na frota de veículos. Os testes e ensaios desses equipamentos são fundamentais para garantir segurança aos trabalhadores em atividades no setor elétrico.

Em 2019, foi anunciado o fechamento do LEATEP, só não ocorreu porque trabalhadores de diversos setores questionaram sobre a importância desse laboratório para a credibilidade de isolamento dos equipamentos utilizados em atividades no sistema elétrico e, consequentemente, preservar a saúde e segurança dos trabalhadores. De acordo com a denúncia, o debate foi tão relevante entre os setores que a gerência da área de saúde e segurança da Cemig assumiu a gestão do laboratório, retirando a responsabilidade da área de suprimentos.

Estima-se que o atual galpão do LEATEP tenha equipamentos avaliados entre 7 e 8 milhões de reais e que foi investido mais de 1 milhão de reais para receber a equipe e os equipamentos na base operacional AR. Mais de 20 mil itens de segurança passam por testes neste setor por ano, promovendo confiabilidade nos mais diversos equipamentos de segurança utilizados por várias equipes da Geração, da Transmissão e principalmente da Distribuição, que demanda cerca de 90% de todos os ensaios.

A situação é ainda pior! A proposta da gestão Zema na Cemig é “externalizar” essa atividade, que é a mesma coisa que terceirizar, dita de outra forma. Na denúncia, estima-se que o custo desta prestação de serviço terceirizada é o dobro do praticado no LEATEP. Com cerca de 20 mil ensaios ano, o custo total dos ensaios realizados no LEATEP fica em torno de 500 mil reais, enquanto na terceirizada é mais de 1 milhão de reais.

Os absurdos não acabam. Segundo a denúncia, o valor do contrato de terceirização dos serviços de ensaios de alta em equipamentos de proteção é de quase 10 milhões de reais.

A morte do nosso companheiro de trabalho, Gabriel Luciano, não serviu de exemplo para o presidente Reynaldo Passanezi e sua turma repensarem a gestão de saúde e segurança no ambiente de trabalho na Cemig, seja com quadro próprio ou terceirizado. Muito ao contrário, destroem os processos construídos em muitos anos, com muito suor, estudos e pesquisas, para atender os desejos privatistas do Zema.

O Sindieletro já enviou ofício para a gestão Zema na Cemig pedindo esclarecimentos e estará dando tratamento a mais essa denúncia, esse absurdo cometido pele a por essa gestão irresponsável.