Nas assembléias que o Sindieletro começou nesta quinta-feira, unificado com o Sintec, os debates têm focado na imposição da Cemig por retirar nossos direitos. A orientação do Sindicato tem sido pela rejeição da proposta e prorrogação da data-base.
Em Betim, a direção do Sindieletro destacou que a proposta da empresa impõe grandes prejuízos, como o retrocesso na periculosidade e no Fator 220. A conseqüência mais nefasta é invalidar decisões da Justiça que já garantiram aos eletricitários pagamento da periculosidade sobre a remuneração e o fim do Fator 220.
Os trabalhadores também debatem o cenário nacional, com propostas do governo ilegítimo de Temer e de deputados e senadores para retirar os sindicatos das negociações, com a negociação sobrepondo o legislado e também negociações diretamente entre trabalhadores e empresa. Se essas proposta passarem, ficará ainda mais difícil para a categoria lutar por suas conquistas.
No Anel Rodoviário, categoria também dá o recado: sem a retirada de direitos
Mais uma vez os eletricitários do Anel Rodoviário mostraram para a direção da empresa que não aceitam a retirada de direitos. De forma unânime, os trabalhadores rejeitaram a contraproposta da empresa.
Para o diretor do Sindieletro, Vander Meira Pereira, a contraproposta apresentada contém várias pegadinhas que, se forem aceitas, irão prejudicar os trabalhadores, como por exemplo o adicional de periculosidade. “Não podemos aceitar que a Cemig volte com a cláusula de pagamento do adicional sobre o salário base”, De acordo com ele, se isso ocorrer somente os trabalhadores que efetivamente executam atividades de risco receberão o adicional, excluindo todos os outros que estão expostos aos riscos.
Outro ponto que a empresa quer economizar é sobre o Fator 200 para o cálculo de pagamento das horas extras, o que, na avaliação de Vander Meira. isso é um risco, tendo em vista o projeto que tramita no Congresso Nacional que determina o negociado pelo legislado.