A conta da crise nas costas dos trabalhadores



A conta da crise nas costas dos trabalhadores

Empreiteira da Cemig adota MP 936 e reduz salários em 50%

Em um comunicado aos eletricitários da BH Sul Serviços Especializados EIRELE, que presta serviços para a Cemig na Superintendência de Serviços Corporativos (SC), a empresa afirma que buscou "meios junto ao governo federal para assegurar ou minimizar os efeitos de um cenário devastador e indefinido para a economia mundial, mas devemos buscar e superar com responsabilidade seguir as orientações dos órgãos competentes, em busca da preservação da vida, que é nosso bem maior”.

A notícia soou como uma bomba entre os trabalhadores, principalmente nesse cenário de grave crise sanitária provocada pela pandemia do novo coronavírus. O comunicado é, no mínimo, contraditório, para não falar outra coisa.

Como “preservar a vida, que é o nosso bem maior”, se no comunicado a BH Sul, com a anuência da Cemig, afirma que irá reduzir os salários dos trabalhadores pela metade? É que a empresa aderiu ao Programa de Manutenção do Emprego e da Renda, a famigerada Medida Provisória (MP 936) editada pelo presidente Jair Bolsonaro, que na prática, protege apenas as empresas e joga nas costas dos trabalhadores a responsabilidade pela crise.

A exemplo da Cemig, a BH Sul está mais preocupada com a economia do que com os empregados, que já enfrentam várias dificuldades financeiras. Entre os trabalhadores circulam informações de que além dos cortes nos salários, haverá também demissões na empresa e em outros contratos da Cemig mantidos com empreiteiras.

 O Sindieletro classifica como lamentável a decisão da empresa. Para nós, a hora é de unir forças para enfrentar um inimigo poderoso que já fez milhares de vítimas no Brasil, de agirmos com solidariedade para ajudar aqueles que mais precisam, não de cortar gastos justamente com os trabalhadores.

 

 

item-0
item-1
item-2
item-3