Na última sexta-feira, 11 de junho, as entidades signatárias do Acordo Coletivo Específico da Cemig Saúde encaminharam ofício para a gestão da empresa em resposta ao ofício referência DGP/RT-00308/2021, contestando as inverdades mencionadas e cobrando respeito no tratamento dos temas de interesse dos trabalhadores da ativa e aposentados.
A menção, no referido ofício, de que a gestão da empresa tem buscado incessantemente viabilizar um acordo de forma muito transparente, demonstrando os efeitos do que ela chama de "pós-emprego", não condiz com a realidade. Incessante e transparente está somente a intenção de precarizar o plano de saúde e transferir 100% do custo aos trabalhadores aposentados.
Desde 23 de abril, data da primeira reunião convocada pela gestão da Cemig, não houve, até o momento, nenhum processo de negociação. O que há, de fato, é uma tentativa de impor, de forma abusiva, a retirada de direitos no plano de saúde, pressionando pela anuência dos sindicatos e associação que assinam o Acordo Coletivo Específico da Cemig Saúde. Reafirmamos que estamos abertos ao diálogo e interessados em garantir a manutenção do plano ao conjunto de seus beneficiários, mas para isso, é preciso estabelecer uma negociação de fato, com transparência, abertura de informações e respeito à importância do plano de saúde na vida de seus participantes, ativos e aposentados, titulares e dependentes.
Repudiamos veementemente a forma como a gestão da Cemig tem tratado o ambiente de negociação. Os sindicatos e associação que assinam o Acordo Coletivo Específico da Cemig Saúde atendem prontamente aos convites da gestão da Cemig para reunir e debater o tema. No entanto, muito nos indigna que a gestão da Cemig afirme estar acontecendo um processo de negociação. As reuniões são somente para tentar impor os desejos de redução de custo, as manifestações das entidades não são consideradas e o resultado deste processo é a apresentação de uma sugestão genérica e vazia por parte da gestão da empresa.
A prática dessa gestão tem sido arbitrária, antidemocrática e desrespeitosa com as entidades e com trabalhadores da ativa e aposentados. Reivindicamos a abertura imediata de um grupo de trabalho com representação das partes envolvidas, para analisarmos e estudarmos as questões apresentadas pela gestão da empresa e elaborarmos uma alternativa conjuntamente.
Repudiamos o discurso vazio em relação à garantia do plano de saúde de qualidade e à manutenção da cobertura para aposentados a um custo justo. O que a empresa chama de proposta contempla grandes desvantagens aos seus empregados.
Repudiamos, também, a tentativa desleal de tentar dividir a categoria entre ativos e aposentados, apresentando um plano integralmente custeado aos trabalhadores da ativa – como se estes também não fossem prejudicados pelas intenções da gestão, que visam precarizar a cobertura do plano de saúde e, no momento de seu desligamento da empresa, período natural da vida em que mais se demanda atendimento médico hospitalar, dificultar sua permanência no plano.
As entidades têm manifestado, a todo momento, a vontade de tratar a questão com a seriedade que o assunto requer. O que não vamos admitir é a imposição de uma gestão privatista, que tenta acabar com nosso plano de saúde para entregar uma empresa com custo menor ao mercado.
A Cemig Saúde é nossa!
Trabalhadores ativos e aposentados em defesa da Cemig Saúde