Depois de 85 dias de sofrimento, dor e apreensão, o eletricista da empreiteira Celminas, Edmilson Andrade, recebeu alta na última segunda-feira, 23, e já está em casa, ao lado da família, parentes e amigos.
Edmilson mora em Araguari, tem 40 anos é casado, pai de dois filhos, estava internado no setor de queimados do Hospital Universitário de Uberlândia, desde o dia 27 de julho. Ele foi vítima de grave acidente de trabalho quando fazia a manutenção da rede elétrica na zona rural de Araguari, próximo a Indianópolis, no Triângulo Mineiro.
O trabalhador teve o antebraço esquerdo amputado, sofreu graves queimaduras nas pernas, na mão direita, pescoço e no ombro. Foram quase três meses de angustia e de luta pela vida e agora Edmilson terá que carregar para o resto da vida as marcas de um acidente que lhe tirou toda a capacidade de continuar a trabalhar no setor elétrico.
Mutilados na Cemig
Infelizmente Edmilson entrou para a escandalosa estatística de trabalhadores mutilados a serviços da Cemig, resultado da política de terceirização adotada pela direção da empresa, que para garantir o lucro para os acionistas, terceiriza tudo na Cemig e consequentemente despreza a saúde e segurança desses trabalhadores.
Agora, a luta do eletricitário é para que a Celminas arque com as despesas de transporte e as sessões de fisioterapia a que será submetido para recuperar os movimentos dos membros lesionados. Cada sessão com o fisioterapeuta custa R$ 25 despesa que o trabalhador não tem condições de bancar.
O Sindieletro continuará dando apoio ao trabalhadore não hesitará em denunciar se Celminas e a Cemig sobre suas responsabilidades.