Neste 25 de julho,o Sindieletro completa 66 anos.
Não é simplesmente um aniversário. São seis décadas e mais seis anos de lutas e conquistas da categoria eletricitária. O Sindicato se fez e se fortaleceu com as inúmerasmobilizações dos trabalhadores. Construímos essa entidade tão guerreira e radical na defesa dos nossos direitos com a nossa força e união.
Então, os parabéns vão para todos os eletricitários e eletricitárias. O Sindieletro somos todos nós!O Sindicato entra na “terceira idade”, mas não envelhece. Pelo contrário: Apura-se para enfrentar ataques novos e antigos aos seus direitos.
O cenário atual do país e da Cemig nos impõe muito mais desafios, força e lutas intensas, além de bastante fôlego para enfrentar tantas adversidades e manter nossas conquistas.
Temos,hoje, uma conjuntura de congelamento dos investimentos públicos em saúde, educação, seguridade social esegurança, que ameaça o brasileiro pelos próximos 20 anos.
O leilão das usinas da Cemig exige uma luta gigantesca para barrarmos a privatização das nossas hidrelétricas.Há, também,um desmonte da CLT que nos remete ao século 19, lá para os tempos da escravidão. Algo que nós, trabalhadores,acreditávamos ter superado.
Tudo isso num cenário de14 milhões de desempregados, o que deixa o trabalhador muito mais vulnerável.
A Reforma da Previdência está batendo à nossa porta e o governo ilegítimo veio de um golpe para defender a pauta dos empresários e do mercado financeiro e, assim, arrancar à força os nossos direitos.
Há também propostas de reforma no setor elétrico para estimular a privatização de usinas.Na Cemig, o cenário não émelhor: São desligamentos em massa, o esvaziamento do quadro técnico sem perspectiva de concurso público para repor o pessoal e a terceirização que segue a todo vapor.
O risco real de perdermos as usinas que garantem à empresa cerca de 50% da capacidade de geração de energia é preocupante.Sem falar nos problemas com PCR, PLR, transferências empurradas goela abaixo, desrespeito, perseguições e sindicâncias que só penalizam o trabalhador.
Diante dessa realidade,quais os nossos desafios?Dizem os espiritualistas que é na crise que se nascema reação, a resistência e a força para lutar e vencer.
Nósjá atravessamos muitas diversidades e sabemos que é na escuridão que se enxerga a luz. Temos nossas lutas específicas, mas nunca devemos esquecer-nos de engajarmos na luta da classe trabalhadora.
Em um futuro próximo, teremos a Campanha Salarial. Teremos que renovar nosso acordo em tempos de Reforma Trabalhista já sancionada por um governo ilegítimo e acusado de corrupção. E vamos precisar lutar muito para barrar o leilão das usinas!
O Sindieletro não está parado. Lançamos várias ações para garantir o fortalecimento das nossas lutas, por Vida, Trabalho e Dignidade.
Dois exemplos fundamentais: Uma ação popular está sendo preparada para o Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar e impedir o leilão das usinas.Também lançamos o Projeto “Processos de Trabalho”, uma iniciativa para mais diálogo com os eletricitários, a sociedade e até a própria Cemig.
Estamos indo até os locais de trabalho, conversando com os trabalhadorese, a partir de seus depoimentos, trazemos a realidade e os impactos das atividades dentro da empresa, com propostas concretas para construirmos outra Cemig, de serviços e empregos de boa qualidade.
As propostas levantadas pela categoria são apresentadas à Cemig para melhorar nossas condições de trabalho. Questionamos, por exemplo, o que a terceirização tem provocado paraos trabalhadores, a Cemig e o consumidor.
Neste ano, o aniversário do nosso Sindicato tem todo um significado especial: a luta não para, a luta só avança e a nossa energia é a sua participação! Por nenhum direito a menos! Parabéns a todos nós!