A Fretebras, plataforma de transporte de cargas, fez uma pesquisa com 2.023 caminhoneiros da sua base de dados e 59% disseram que apoiam à greve marcada para 1º de novembro contra a alta dos preços dos combustíveis e outras reivindicações. Do total dos entrevistados, 54% afirmaram que pretendem aderir à paralisação.
A pesquisa foi divulgada na terça-feira (26) pelo jornal Valor Econômico, um dia após a Petrobras reajustar novamente os preços dos combustíveis, entre eles os do óleo diesel, que vai custar 9,15% a mais nas refinarias, acumulando alta de 65,3% só em 2021.
De acordo dirigentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), esse reajuste vai mobilizar ainda mais a categoria para a greve e a própria pesquisa mostra o que a entidade já detectou: a mobilização dos caminhoneiros autônomos favoráveis à greve é grande.
E isso é comprovado inclusive pelos vários vídeos que os caminhoneiros estão enviando para a entidade manifestando adesão à paralisação nacional. Os vídeos estão sendo publicados nas redes sociais da CNTTL todos os dias.
"Estamos passando dificuldades. Esperamos que o governo Bolsonaro atenda as nossas reivindicações. O preço do diesel está um absurdo", disse Vanderlei de Oliveira, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Navegantes-SC (Sinditac), em um dos vídeos. Confira aqui outros vídeos e a íntegra da pauta de reivindicações.
No vídeo o dirigente se refere à pauta que os caminhoneiros enviaram ao governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), a mais importante delas, a mudança na política de preços da Petrobras, que segue a alta dos preços internacionais do petróleo e a cotação do dólar.
A categoria deu um prazo de 15 dias para o governo responder. Se isso não acontecer, param no próximo dia primeiro. A resposta até agora foi o novo reajuste.
Pesquisa da Fretebras mostra estados onde a mobilização é maior
Os estados do Nordeste, Norte e Sudeste têm os maiores percentuais de caminhoneiros que responderam que vão parar no dia 1º de novembro.
No Nordeste, 61% dos entrevistados afirmaram que vão aderir a greve, segundo reportagem pubicada
Os maiores percentuais foi encontrados no Ceará, com 65% dos caminhoneiros favoráveis ao movimento, seguido de Pernambuco, com 61% e Bahia, com 60%.
No Norte, 56% são a favor e, no Sudeste, 55%.
Entre os estados do Sudeste, São Paulo, com 57%, tem o maior percentual de caminhoneiros que afirmaram que vão aderir à greve. No Espírito Santo e Rio Grande do Sul, 55% dos caminhoneiros dizem ser a favor da paralisação. Em Minas Gerais, os apoiadores são também maioria, com 54%. No Rio de Janeiro, as opiniões estão divididas: 51% afirmam que não vão aderir ao movimento e 49% dizem que vão parar as atividades.
Já no Centro-Oeste, 55% afirmam o contrário, que não vão participar das paralisações. Na região Sul, as opiniões estão divididas: 51% afirmam que não vão aderir e 49% dizem que participarão.
No Mato Grosso do Sul, 65% dos caminhoneiros responderam que não apoiam o movimento. Em Goiás, são 54% afirmaram ser contra a paralisação, enquanto em Mato Grosso, este número é de 53%.
Fonte: CUT Brasil