Os representantes da gestão Zema insistem no uso da truculência para impor um acordo de PLR que não interessa a categoria. Isso ficou evidenciado quando o coordenador do comitê da gestão da empresa, João Paulo Vaz, direcionando para o fim da reunião, anunciou que será apresentada uma proposta para o acordo de PLR até a quarta-feira (21) com base nas premissas apresentadas pelos gestores, desprezando todas as contribuições técnicas e de concepção feitas pelos representantes da categoria, como se a proposta já estivesse pronta.
O Sindieletro defendeu, no encontro, um modelo de PLR “simples”, com aproximadamente seis indicadores, e que tenha regra geral para toda a categoria, garantindo tratamento isonômico e reconhecendo o resultado coletivo da riqueza gerada.
Defendemos também metas e indicadores claros e objetivos, com mecanismos de aferição e que sejam pactuados previamente entre as partes, como previsto na lei de PLR, n° 10101. No sentido contrário, os representantes da gestão insistem no tratamento não isonômico, com indicadores por gerência, que podem propiciar resultados distintos entre gerências no cumprimento das metas e no valor a ser pago de PLR.
Outro princípio que norteia o modelo defendido pelos representantes da gestão é: PLR enquanto instrumento de gestão. A retirada de gerentes e superintendentes do acordo de PLR, ocultando seus indicadores e metas, é base desta concepção. Qual trabalhador ou trabalhadora sabe qual é a meta de PLR do seu gerente e superintendente? E as metas da gestão do RH na relação trabalhista e para o acordo de PLR? Essa estratégia tem relação com o projeto privatista? Precisamos saber!
Indicadores e metas específicas não pactuadas previamente também transferem aos gerentes o poder de implementá-los à revelia da boa-fé da negociação, impedindo a participação dos sindicalistas na pactuação de indicadores que atendam a filosofia da PLR e metas compatíveis à realidade da companhia.
A representação da gestão da empresa ainda evocou a “prática de mercado” para justificar o escopo defendido. Essa alegação também não condiz com a realidade: o Sindieletro negocia com empresas privadas do setor elétrico compreendidas em Minas Gerais que pactuam até seis indicadores no Acordo de PLR.
Importante ressaltar que a gestão Zema irá apresentar proposta de PLR sem ter superado o debate de metas e indicadores e sem sequer ter debatido montante e forma de distribuição. A “negociação” da PLR de 2024 a ser paga em 2025 é uma farsa!
Nesse encontro também foram apresentadas respostas pontuais e genéricas sobre os problemas nas metas da PLR de 2023 a ser paga em 2024, levantados pela assessoria econômica do Sindieletro. Estamos aguardando a publicação do resultado das metas da PLR mensuradas em 2023.
O Sindieletro continua defendendo um modelo de PLR justo para toda categoria e repudia o método imposto pela gestão Zema no tratamento da Participação no Lucro e Resultados e demais temas de interesse da categoria.
Sobre a decisão judicial condenando a gestão da Cemig a pagar a PLR 2022, estamos aguardando a publicação do acórdão para divulgação e outras tratativas.
Cemig: esse “trem” é nosso!