Fundamental para a redemocratização do Brasil, movimento permanece essencial para construir um país mais justo e igualitário
No dia 22, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) completa 30 anos de lutas. Como a CUT, que celebrou três décadas em defesa da classe trabalhadora no ano passado, o MST teve papel essencial na redemocratização do país e continua sendo protagonista nas lutas sociais.
O combate ao latifúndio, ainda uma dívida histórica do Brasil com seu povo, certamente não teria a importância que tem na agenda brasileira e não avançaria como avançou nas últimas décadas sem a mobilização do movimento, com quem dividimos espaços comuns, como a Coordenação dos Movimentos Sociais, por acreditarmos nos mesmos valores.
Defender a reforma agrária e apoiar o MST é combater a concentração de terras nas mãos de poucos.
Segundo dados do último Censo Agropecuário do IBGE, 2,8% das propriedades brasileiras são latifúndios e ocupam 56,7% do território para produção agrícola. Já as pequenas propriedades representam 68,2% do total, mas ocupam somente 7,9% da área total brasileira.
Não haverá uma democracia legítima sem a distribuição de terras e condições para que as famílias assentadas possam produzir, distribuir e comercializar alimentos mais saudáveis e que tenham como prioridade alimentar a população brasileira, ao contrário do que faz o agronegócio.
Por isso, a CUT definiu a luta pela reforma agrária como uma das prioridades para 2014 e incluirá esta pauta na agenda que será construída pela classe trabalhadora e entregue e cobrada dos candidatos nas eleições deste ano.
Saudamos e celebramos os 30 anos do MST pelo princípio que forjou também a formação da CUT, a defesa de um país mais justo e igualitário.