O 14 de março se tornou dia de luto e luta das mulheres no Brasil e no Mundo. No domingo, 14, a execução de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes completou três anos sem a identificação do mandante do crime. Parlamentares, movimentos sociais, amigos e familiares da vereadora do Psol realizaram ontem, dia 14, ações nas ruas e nas redes sociais para pedir por Justiça pelo assassinato brutal que marcou a história do país.
Para muitos, o assassinato foi um ataque à democracia, e uma tentativa de silenciar uma voz que clamava pelos direitos da população negra e periférica, das mulheres, e das pessoas LGBTQIA+.
Até o momento, somente o sargento aposentado da Polícia Militar, Ronnie Lessa, e o ex-PM, Élcio Queiroz, foram detidos. Eles estão presos desde março de 2019 e irão a júri popular.
Na ponte de Westminster, em Londres, capital da Inglaterra, o ato “Justice for Marielle” foi uma ação conjunta dos coletivos Amazon Rebellion, Brazil Matters, Democracy for BRASIL e UK Tambores Livres. O comitê Lula Livre de Genebra, na Suíça, escolheu se manifestar em frente à ONU, em homenagem à Marielle.
Em São Paulo (SP), na região da Avenida Paulista, mulheres parlamentares do Psol fizeram ato simbólico, pedindo justiça para Marielle e Anderson.
No Alto Sertão de Alagoas, a Brigada José Elenilson, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), também cobrou justiça pelo assassinato.
Mulheres do MST em luta por Marielle
Em Joaquim Gomes (AL), mulheres do assentamento Fidel Castro, também denunciaram o crime e celebraram o legado da parlamentar.
Em Governador Valadares (MG), alimentos saudáveis e roupas foram doados no Residencial Sertão do Rio Doce. Na ocasião, foi debatido a história e o legado de Marielle.
Nos estados do Ceará e na Paraíba, as mulheres sem-terra plantaram árvores em homenagem a Marielle e cobrando respostas ao caso que segue impune.
Aterro do Cocotá, na Ilha do Governador (RJ), inaugurou o Bosque Marielle Franco, para celebrar a morte da vereadora e a “esperança de que suas sementes continuem florescendo”.
A Campanha de Solidariedade da Escola Nacional Paulo Freire, que reúne organizações como Levante Popular da Juventude, MTD, MST, Rede de Cursinhos Podemos+ e Consulta Popular, realizou o Marmitaço “Por Marielle, pela vida, Mulheres contra a fome, Fora Bolsonaro”, nos bairros Boqueirão e Jardim São Savério, periferia de São Paulo.
Fonte: Rede Brasil Atual