22 de março: neste Dia Mundial da Água, urbanitários realizam atos contra a privatização



22 de março: neste Dia Mundial da Água, urbanitários realizam atos contra a privatização

Trabalhadores e trabalhadoras dos setores de saneamento e energia elétrica se preparam para mais uma agenda de luta em defesa da água como bem público e pela revogação da privatização da Eletrobras.

Sob o lema “Água e Energia não são Mercadorias!”, neste 22 de março, Dia Mundial da Água, urbanitários de todo o Brasil prepararam uma agenda de luta para denunciar a crescente mercantilização desses dois serviços essenciais: água e energia elétrica. Haverá atos pelo país.

Alerta à população

A iniciativa se soma às lutas já empreendidas pelos urbanitários no Fevereiro Azul e tem como objetivo esclarecer à população sobre os impactos das privatizações das empresas públicas. Enquanto diversas cidades do mundo estão reestatizando empresas de energia e de água e esgoto, aqui no Brasil governos como o de São Paulo querem destruir nosso patrimônio para garantir o lucro da iniciativa privada.

O Rio de Janeiro, por exemplo, está pagando caro desde que o governo estadual privatizou a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae); já a população para uma conta de água 71% mais cara que em São Paulo. Vale lembrar que a privatização da Cedae contou com o apoio de Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro, e gerou a demissão de 1,8 mil trabalhadores. Mesma situação sofre a população de Manaus (AM), apenas 13% dos manauaras têm acesso ao serviço de esgoto e a população sofre com a péssima qualidade da água e com o aumento da tarifa.

Em Minas, o governo Zema tenta privatizar o Parque das Águas e o Balneário Hidroterápico de Caxambu, no Sul do Estado, maior estância hidromineral do Brasil. Além disso, o governador mineiro é denunciado pelo Sindicatos dos Trabalhadores da Copasa (Sindágua) der sucatear e empresa para, depois, privatizar. 

Pela revisão do Marco Regulatório do Saneamento

Desde que foi aprovada a lei que alterou o marco legal do saneamento (a Lei Federal 14.026/2020) abriu caminho para que as empresas públicas de saneamento fossem privatizadas, acabando com o mecanismo do subsídio cruzado, ou seja, quando os municípios mais ricos ajudam, em parte, os serviços dos municípios mais pobres.

Com o saneamento na lógica do mercado, que visa apenas o lucro e a distribuição de dividendos aos seus acionistas, a universalização dos serviços fica cada dia mais distante, ou seja, a população que não pode pagar pelas tarifas, simplesmente, deixa de ter o direito ao bem essencial. Por isso, as entidades representativas dos urbanitários somam força para pressionar o governo a rever o Marco Regulatório do Saneamento.

Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água é comemorado em 22 de março e apresenta como objetivo colocar em discussão assuntos importantes relacionados com esse recurso natural. Como sabemos, a vida no planeta só é possível graças à presença de água, desse modo, cuidar das fontes de água é fundamental para a nossa sobrevivência. O corpo humano, por exemplo, necessita de água para diversos processos, como a manutenção da temperatura corpórea e o transporte de substâncias.

Os urbanitários defendem que é preciso reconhecer a água como um direito fundamental à vida, vista sob a ótica social, e não sob a ótica do capital, uma vez que ela é essencial para a sobrevivência humana e, a partir daí, tratar o acesso à água e ao saneamento como prioridade para todos.

Fonte: FNU/CUT, editada pelo Sindieletro

 

 

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