11 de agosto: data histórica da luta pela Cemig Saúde!

Na quinta-feira (11) foi realizado nosso grande ato em defesa da Cemig Saúde, das estatais e pela democracia na portaria da Cemig Sede, em Belo Horizonte. A mobilização, que contou com cerca de 350 pessoas entre trabalhadores ativos e aposentados, apoiadores e familiares, iniciou às 10h.

A gestão de Romeu Zema na Cemig, reafirmando sua política truculenta, fechou as portas da Sede novamente, como fez na quarta-feira durante panfletagem do Sindieletro. Recebemos caravanas de todas as regionais; eletricitários de mais de 80 anos pegaram estrada para vir lutar por seus direitos. E estes trabalhadores aposentados que dedicaram suas vidas à construção da estatal foram proibidos até mesmo de usar os banheiros da empresa.

Essa atitude vexaminosa não intimidou a nossa luta. Num primeiro momento do ato, os diretores do Sindieletro e apoiadores de outros sindicatos e movimentos, como o Sintect-MG, MAB, MST e o Sindágua, denunciaram as ameaças que as estatais vêm recebendo durante os últimos anos. Relembramos, também, o histórico de criação da Cemig Saúde e de outros direitos conquistados pela categoria.

O deputado federal Rogério Correia (PT) e os deputados estaduais Beatriz Cerqueira (PT), Professor Cleiton (PV) e, por meio de sua assessoria, Betão (PT), marcaram presença. Beatriz Cerqueira, autora do pedido de instalação da CPI da Cemig, afirmou que a permanência de Romeu Zema no governo estadual é incompatível com o avanço da classe trabalhadora: “Ou são os eletricitários, ou é o Zema. Ou é a Cemig, ou é o Zema. Ou é Copasa, ou é o Zema. Ou é a Educação, ou é o Zema. Ou somos nós, ou é o Zema. Os dois não cabem na mesma frase.”

A pré-candidata a deputada estadual Adriana Souza engrossou o coro. “O governo de Minas é de morte, reproduz o governo Bolsonaro nas nossas terras. O governo Zema tem demonstrado que é inimigo do povo, inimigo da nossa gente”, disse, citando também a negativa do governo Zema ao piso nacional para os professores e a implantação do Rodominério, projeto viabilizado com recursos indenizatórios do crime da Vale em Brumadinho que destruirá bairros e nascentes em cidades mineiras.

Luta de todas as regionais

Os trabalhadores ativos e aposentados marcaram presença na luta. Das caravanas que partiram de várias das nossas sete regionais, aposentados com história longeva na Cemig vieram dar seu grito pelas conquistas da categoria. É o caso de Maria Justina, conhecida como Tieta. Aos 82 anos, ela veio de Salto da Divisa. Já Dona Helena viajou com a caravana de Ipatinga, do Vale do Aço.

  Dona Tieta, de Ipatinga

  Dona Helena, de Ipatinga

Às 11h, nos juntamos a trabalhadores espalhados em todo o Brasil para ler, em uníssono e jogral, a Carta às brasileiras e brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito. Nosso ato também foi pela democracia e pelo respeito ao processo eleitoral. Confira o momento no vídeo: 

Seguimos em passeata até a Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Lá, entregamos uma carta de solicitação de compromisso com a luta dos eletricitários aos deputados estaduais Beatriz Cerqueira (PT), Professor Cleiton (PV) e Ana Paula Siqueira (REDE).

Representando o pai, a trabalhadora Iara deu seu depoimento sobre a situação dos aposentados: “Minha mãe faleceu tem 35 dias. Lamentavelmente, meu pai paga 60 anos de seguro de vida, e foi uma vergonha o dinheiro que meu pai recebeu de indenização pela morte da minha mãe. Eu não sou funcionária da Cemig, eu nasci na Cemig, em 1963. Venho, com muita tristeza, dizer para vocês: corram atrás do prejuízo, pois na hora que você mais precisa é que você não consegue”.

Também deu o seu depoimento, na escadaria da ALMG, a aposentada Rosimeire Tabellini. Num desabafo emocionante, ela afirmou que a luta da classe trabalhadora é por sobrevivência. Assista:

Diretores de cada regional do Sindieletro deram seus recados. Confira: 

Nossa linda mobilização ficou marcada como uma importante etapa da luta pelos direitos conquistados da categoria. Mas a nossa luta não para. Seguimos! A Cemig Saúde é nossa! Cemig: esse “trem” é nosso!