A escolinha da Cemig em Sete Lagoas, atual Univercemig, já foi referência para as empresas do setor elétrico, pela qualidade dos cursos ministrados, por suas acomodações e pelas refeições fornecidas aos eletricitários. Mas hoje, com a imposição de cortes de verbas, o que sobra é reclamação dos trabalhadores, principalmente em relação à alimentação e limpeza dos alojamentos.
Os eletricitários relatam que depois que a GRS, empresa que assumiu o restaurante, a comida fornecida não é suficiente para
que todos se alimentem e a qualidade da refeição caiu muito. Na maioria das vezes, as únicas opções de carnes são salsicha, fígado ou uma sopa de frango, “carne de boi ou porco é uma raridade”, relatam.
Eles denunciam também que a Conservadora Campos, responsável pela limpeza e conservação da Univercemig reduziu o numero de trabalhadores, o que resultou em sobrecarga de trabalhado para as faxineiras e outros trabalhadores que atuam na conservação da unidade.
De acordo com eles, uma única faxineira é responsável pela limpeza em mais de quarenta alojamentos, todos equipados com banheiro. “É claro que ela não da conta de tanto serviço e nós não podemos reclamar, senão corre o risco de ser demitida”,
afirmam.
Foi exatamente isso que aconteceu com uma trabalhadora do restaurante. Em vez de aumentar a quantidade de comida
e melhorar o cardápio, a solução encontrada pela GRS foi culpar uma trabalhadora pela queda na qualidade e a substituiu por outra.
Em resposta à falta de opções, na semana passada, os alunos da Univercemig organizaram um protesto diferente e inusitado,
todos pediram ovo frito ou cozido na refeição.
O Sindieletro lembra que a Cemig, como gestora dos contratos, tem o dever de cobrar das empresas que atuam na Univecemig,
o fornecimento de uma alimentação saudável, de boa qualidade e em quantidade suficiente para todos e adequar o numero de
trabalhadores para uma limpeza e manutenção eficiente na unidade.