Péssima notícia: Gestão Zema pretende fechar a UniverCemig



Péssima notícia: Gestão Zema pretende fechar a UniverCemig

A imprensa de Minas condena a possibilidade de desativação da escolinha de Sete Lagoas e o Sindieletro organiza a luta; os defensores de Zema, insensíveis, argumentam que é custo alto para a Cemig, que lucra bilhões. Pura ignorância!

A gestão Zema na Cemig e o sucateamento da UniverCemig (Escolinha de Sete Lagoas) tornaram pauta negativa na imprensa da cidade e do Estado. Com razão: mais que o desmonte da Escolinha, a imprensa de Sete Lagoas e de Minas denuncia a possibilidade de a UniverCemig ser fechada a partir do ano que vem por decisão do governador Zema e seus gestores privatistas na empresa.

Cidadãos mineiros estão sendo chamados à reflexão e para lutarem em defesa da UniverCemig. E o Sindieletro está atento e na luta, em todos os âmbitos, desde a organização dos trabalhadores para a defesa da Escolinha até as mobilizações políticas, como as que sempre realizamos por meio da interlocução com a Assembleia Legislativa e o Ministério Público, entre outras instituições.
O jornal Diário Boca do Povo, de Sete Lagoas, na coluna Paredão, sob o título em destaque “Sete Lagoas deve perder a escola da Cemig, modelo mundial e única em formação na América do Sul”, lança-se em defesa da UniverCemig mostrando os impactos negativos e o histórico da Escolinha de Sete Lagoas. E o jornal O Tempo, por meio do colunista Luiz Tito, critica veemente essa possibilidade e informa que foram sensíveis e muitas as reações dos leitores e do próprio governo sobre a nota que publicou apontando o provável fechamento da UniverCemig.

Segundo ele, as mais lamentáveis reações foram das pessoas ligadas ao Zema que defenderam a desativação, alegando que o custo de manutenção da Escolinha, em operação há 55 anos, é economicamente representativo e muito alto para a Cemig. “Essas posturas certamente não levam em conta que mais cara é a ignorância”, afirmou Tito, na sua coluna do dia 24/05.

Histórico e importância para a economia

Segundo o Diário Boca do Povo, do dia 20 passado, a Cemig fundou a Escolinha em 1967, com o nome Escola de Formação Profissional (EFP) em Sete Lagoas, através de convênio de cooperação técnica com a empresa francesa Electricité de France. O objetivo foi desenvolver atividades para a formação de mão de obra qualificada para eletricistas de manutenção, de distribuição, operador de subestações e operador de usina. Depois o nome da entidade mudou para Escola de Formação e Aperfeiçoamento Profissional (EFAP), que ao longo do tempo foi estendendo os trabalhos com mais cursos de qualificação, obtendo grande sucesso e passando a ser referência em treinamentos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica no Brasil e na América do Sul.

Hoje, a tão popular escolinha de Sete Lagoas é conhecida por UniverCemig.

Ainda de acordo com o jornal, a escola é muito importante para a economia de Sete Lagoas, incrementando sobretudo a rede hoteleira da cidade. Mas, infelizmente, o Diário Boca do Povo afirma que, apurou com fonte fidedigna, que a UniverCemig deve funcionar somente este ano, sendo fechada em 2023. Assim, será fechado todo um sistema de formação com modelo de reconhecimento mundial e único da América do Sul.

“É uma das piores notícias que poderíamos dar (ao povo de Sete Lagoas)”, afirma o jornal, que conclama os políticos e lideranças empresariais e de entidades de classe a trabalharem juntos para impedir que o governo de Minas imponha essa grande perda para a cidade, o estado e o país.

A coluna ainda lembra que estamos em ano eleitoral, e os cidadãos podem exercer ainda mais pressão para impedir que a Escolinha feche suas portas.

Escolas são mais baratas que cadeias

Já o colunista Luiz Tito ressalta que as escolas são mais baratas e realizadoras do que as cadeias de presos e a falta de investimento na formação da sociedade. E logo em seguida lamenta as reações das pessoas que defendem a desativação, insensíveis à importância da escola de Sete Lagoas mantida pela Cemig, focando apenas os custos.

Ele critica que, ao não levarem em conta que defender só os custos é uma conta mais cara que a ignorância, as pessoas contribuem para o aumento das dificuldades de se fazer chegar a educação e o preparo intelectual à nossa infância e à nossa juventude.

Para o Sindieletro, a luta em defesa da UniverCemig é para já e uma das suas frentes de força da categoria eletricitária e do povo em geral é impedir, inclusive, que Zema continue na gestão do Estado e da Cemig, entre outras estatais. O troco pode ser dado nas eleições. Chega de desmonte, chega de precarização na Cemig!

Cemig: esse trem é nosso!

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