Em estudo, um projeto para acabar com a Justiça do Trabalho



Em estudo, um projeto para acabar com a Justiça do Trabalho

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (3/1) que estuda um projeto para acabar com a Justiça do Trabalho. Segundo ele, “havendo clima”, o governo deve discutir a proposta e dar prosseguimento à ideia.

“Isso daí, a gente poderia até fazer, isso está sendo estudado. E, havendo o clima, nós podemos discutir essa proposta e mandar pra frente. Nós queremos”, disse.

A declaração foi feita ao Jornal do SBT. Foi a primeira entrevista de Jair Bolsonaro após assumir a Presidência da República.

Bolsonaro disse ainda que “a mão de obra no Brasil é muito cara” e que isso deve ser mudado por prejudicar o empregador.

“Você pode ver, a mão de obra no Brasil é muito cara, o empregado ganha pouco, mas a mão de obra é cara. Eu costumo dizer, né. É pouco pra quem recebe e muito pra quem paga. Devemos modificar isso aí. Alguém ganha R$ 1.000 por mês e o patrão, na verdade, está gastando R$ 2.000″, disse.

Idade mínima para aposentadoria

Bolsonaro também falou sobre a reforma da Previdência, que, segundo ele, pode ser enviada ao Congresso fatiada. Segundo o presidente, a primeira proposta a ser discutida será a idade mínima, que deve ficar em 62 anos para os homens e 57 para as mulheres a partir de 2022.

“Pretendemos, algo a ser, botar num plano da reforma da Previdência, nós passarmos a dar um corte até o final de 2022. Essa que é uma ideia inicial. Aí seria aumentar para 62 os homens e 57 as mulheres… Não de uma vez só, né. Um ano a partir da promulgação e 1 ano a partir de 2022, essa é a ideia”, disse.

Segundo Bolsonaro, a proposta apresentada por Michel Temer será aproveitada. “Vamos rever alguma coisa, porque a boa reforma é aquela que passa na Câmara e no Senado e não aquela que está na minha cabeça, ou da equipe econômica. E ela interessa para todos nós”, disse.

O presidente disse ainda que a reforma da Previdência pública terá maior atenção. “O que mais pesa no Orçamento é a questão da Previdência pública, essa vai ter uma maior atenção da nossa parte. E, no meu entender, vamos buscar também eliminar privilégios”, afirmou.

Ficaria para 2023, no próximo governo, uma reavaliação para aumentar a idade.

“O futuro presidente reavaliaria essa situação e botaria para o próximo governo, 2023 até 2028, a passar para 63, 64 [anos], essa é que é a ideia. Porque quando bota tudo de uma vez só num pacote, primeiro, você pode errar, e nós não queremos errar, mas a oposição, como regra no Brasil, quanto pior estiver o governo, melhor, vai usar os 65 anos pra dizer que nós fizemos uma tremenda maldade com o povo“, disse.

Segundo o militar, será levado em consideração a expectativa de vida.

Não é uma reforma de simplesmente dar 1 número para todo mundo. Haverá uma diferença pra facilitar a tua aprovação e também não fazer injustiça com aqueles que têm uma expectativa de vida menor“, afirmou.

Alíquota para servidores na previdência

Em contraste à reforma da Previdência municipal de São Paulo, Jair Bolsonaro não pretende aumentar a alíquota de contribuição de funcionários públicos para o sistema de aposentadorias.

Eu sei que São Paulo passou de 11% para 14%, e você já tem uma alíquota de imposto de renda altíssima que não é corrigida ano após ano, na verdade é 1 redutor de renda, acredito que não seja necessário isso aí. Senão, daqui a pouco você vai querer que o governo fique com o seu líquido e que o você fique com aquilo que é descontado da parte do governo. Então acho que é injusta essa questão, 11% está de bom tamanho, mais 27,5% de imposto de renda“, afirmou.

O capitão da reserva negou, ainda, que haverá a volta da CPMF. Segundo Bolsonaro, o que o governo quer é “fusão de impostos e simplificações“. 

Fonte: Poder 360

 

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