Assembleias: rumo à greve geral!



Assembleias: rumo à greve geral!

O Sindieletro continua nas portarias da Cemig realizando assembleias deliberativas sobre a participação da categoria na Greve Geral, programada para o dia 14 de junho em protesto contra cortes na Educação, na Previdência e outras medidas graves que ameaçam o país.

Na tarde desta quarta-feira, 5, o coordenador do Sindieletro na Regional Metropolitana, Carlos Alberto Gomes de Oliveira, deu informes aos trabalhadores da Sede sobre a ameaça de privatização das Cemig e perdas previstas pela Reforma da Previdência."Frente a tudo isso, estamos nas ruas para cumprir o dever cidadão de defender a Previdência, a educação e a Cemig como empresa pública com mais de 60 anos de historia."

O diretor Jair Gomes Pereira Filho reforçou que, após  vários anos de retirada de direitos dos trabalhadores,  não dá  mais para os eletricitários ficarem calados. “O mais grave é que colocaram a Cemig novamente na pauta de privatizações. Temos o dever de lutar e a greve do dia 14 é a melhor oportunidade”, convoca.

O dirigente Antônio Marcos de Oliveira relaciona a mobilização de hoje aos desafios que as categorias enfrentarão para negociar acordos coletivos.  “Depois da reforma trabalhista, o empregador de hoje é implacável e não podemos ficar na letargia. A apatia só favorece esses governos -estadual e federal - que querem de volta à senzala”, disse.

Nas ruas para barrar equívocos

O coordenador geral do Sindieletro, Jefferson Silva, parabenizou os trabalhadores que entenderam a importância desse debate e que têm comparecido às assembléias. “O que nos fortalece neste momento é o movimento nas ruas e a mobilização de estudantes e trabalhadores da educação com o apoio das centrais e Frente Brasil Popular”.

Além de questionar a reforma da Previdência que, da forma como é proposta não deixa ninguém salvo, Jefferson Silva destaca a luta contra as privatizações como um dos temas centrais da greve do dia 14. “É grande equívoco do governo Zema que , com a privatização quer abrir mão do poder de decisão do Estado. Esse poder garante o atendimento social aos municípios, produtores rurais, escolas, hospitais e não deve ser trocado por um recurso que paga apenas uma folha dos servidores”, alerta.

Ameaças são reais

Se for aprovada, a PEC 06/2019 acabará com o caráter solidário da Previdência Social, aumentará a desigualdade social e o empobrecimento da população e beneficiará os bancos e rentistas.

O movimento do próximo dia 14 também carregará a bandeira em defesa da educação pública, alvo de cortes e ataques por parte do próprio governo nos últimos meses. Entretanto, a nossa pauta, como pontuou o coordenador Geral do Sindieletro, Jefferson Silva, na assembleia do Anel Rodoviário, é muito mais ampla. “Sindicatos, centrais e movimentos sociais estão solidários também na luta contra as privatizações, caso da Cemig, que está na mira do governo Zema”.

Por isso, de acordo com o coordenador do Sindicato, é fundamental que os trabalhadores e trabalhadoras se organizem na defesa dos seus direitos. “Precisamos lembrar as nossas vitórias! Foi graças à mobilização social que conseguimos barrar a proposta de reforma previdenciária apresentada no governo Temer”.

Porém, como avalia Jefferson,“a reforma proposta pelo atual governo é ainda pior e, por isso, precisamos voltar às ruas com muito mais gente para parar o país e pressionar os parlamentares a votarem contra a Reforma”.

Jefferson ainda lembrou que a categoria eletricitária conseguiu, por duas vezes, barrar a privatização da Cemig. E que agora é hora de unir forças e partir, mais uma vez, em defesa da empresa que construímos! “Os desafios são grandes, mas nós já demonstramos a nossa capacidade. A greve no dia 14 tem que ser um movimento ainda maior que aquele do dia 30, quando os estudantes foram às ruas. Agora é a nossa vez, a nossa responsabilidade e a decisão está nas mãos de cada trabalhador e trabalhadora!”

 

 

item-0
item-1
item-2
item-3