ALMG visita base do São Gabriel e escuta os trabalhadores sobre ameaça de fechamento



ALMG visita base do São Gabriel e escuta os trabalhadores sobre ameaça de fechamento

base operacional da Cemig no bairro São Gabriel, em Belo Horizonte, presta serviço a 11 municípios da Região Metropolitana (RMBH), com uma média de 75 mil atendimentos mensais, além dos chamados de emergência. Esses números foram informados durante visita da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) ao local na manhã da terça-eira (27/8/19). O objetivo era entender a importância da unidade, que está sob ameaça de fechamento.

Segundo e-mail e reuniões realizadas com os funcionários que atuam na base operacional, o Poder Executivo, sob o comando do governador Romeu Zema (Novo), pretende encerrar até setembro as atividades realizadas no localOs 115 trabalhadores seriam, então, transferidos para a base do Anel Rodoviário. Além de dificultar a rotina dos empregados, que vivem perto do atual local de trabalho, há chances de piora no atendimento da população.

A base é uma das muitas que a Cemig mantém em todo o Estado com oferta de eletricistas que devem atender as diferentes regiões. No caso do bairro São Gabriel, a atuação dos funcionários vai do município de Ibirité até a Serra do Cipó. Segundo um dos eletricistas que trabalham na base, Eduardo Pereira, o maior possível impacto é o aumento do tempo de atendimento, já que o Anel Rodoviário está mais distante dessas localidades. 

De acordo com vários dos trabalhadores que receberam a deputada Beatriz Cerqueira (PT), autora do requerimento que deu origem à visita, essa demora tende a ser ainda maior em períodos chuvosos, quando há grande aumento das chamadas de emergência. Eles afirmaram, ainda, que apesar de alguns empreiteiros terceirizados prestarem alguns dos serviços oferecidos, é recorrente que os eletricistas da Cemig tenham que consertar trabalhos feitos por eles, já que os terceirizados não têm treinamento adequado.

Precarização - O coordenador geral do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro), Jefferson Silva, lembrou, ainda, que uma das metas estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é o tempo médio em que as pessoas ficam sem luz elétrica. Se a meta não for cumprida por dois anos consecutivos ou no último ano do contrato, a empresa perde a concessão pública e vai direto para venda no mercado. Para muitos dos presentes, esse é o objetivo do governador: sucatear a Cemig para vendê-la em seguida.

A deputada Beatriz Cerqueira disse que, com a visita, ficou clara a importância da base operacional e que vai lutar para que ela não seja fechada, como aconteceu com 54 outras bases que já tiveram suas atividades encerrados no Estado. A parlamentar informou que vai procurar prefeitos e vereadores dos 11 municípios atendidos para informá-los do risco de piora do atendimento em suas regiões e convidá-los para também lutar pela permanência da base.

ALMG

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