Trabalhadores da educação em Minas aprovam greve a partir do dia 8 de março



Trabalhadores da educação em Minas aprovam greve a partir do dia 8 de março

Trabalhadoras e trabalhadores em educação de Minas Gerais aprovaram, em assembleia estadual realizada na tarde da quarta-feira (28), no pátio da Assembleia Legislativa (ALMG),  a deflagração de greve por tempo indeterminado a partir do dia 8 de março, próxima quinta-feira. A categoria paralisará as atividades para cobrar do governo do Estado o cumprimento de acordos assinados em 2015, tendo como eixo principal o pagamento do Piso Salarial Nacional da Educação. Servidoras e servidores também exigem o fim do parcelamento do 13° salário e atendimento de qualidade pelo Ipsemg. Nova assembleia será realizada no dia 8 de março, para avaliação do movimento e novas  deliberações  caso, até a data, o governo apresente uma resposta às reivindicações.

“Demos nosso recado ao governo. O governo teve quatro anos para chegar ao piso. Fizemos um acordo de longo prazo e, no processo de negociação, cedemos em vários pontos. A nossa carreira não consegue andar. É preciso que o governo tenha sensibilidade, cumpra o acordo e pague o piso”, disse Beatriz Cerqueira,  coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) e presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG).

Durante a assembleia, educadoras e educadores receberam o apoio de movimentos sociais, populares e estudantis, como MAB, UCMG, UEE, UNE, UJS, Ames-BH, entre outros . “Não estamos sozinhos. A luta será feita por um conjunto de forças”, afirmou Beatriz Cerqueira.

A primeira assembleia estadual de 2018 foi tirada no último Conselho Geral do Sindi-UTE/MG realizado em Belo Horizonte, dia 3 de fevereiro último. Ainda durante o Conselho, a direção estadual fez um balanço das últimas ações do Sindicato para denunciar e reverter o que o governo do estado tem feito na educação da rede estadual: dois reajustes do Piso Salarial descumpridos, acordo com os servidores das Superintendências Regionais de Ensino descumprido, parcelamento do pagamento do 13º salário, adiamento do ano escolar, sucateamento do IPSEMG, entre outras demandas.

O indicativo de greve foi decidido considerando todas as questões que a educação está sofrendo e a completa ausência de negociação para reverter o quadro.

Desde o final do ano passado, o governo vem estabelecendo um tratamento diferenciado no funcionalismo. Mesmo a educação tendo recursos próprios, o Governo Fernando Pimentel optou por não pagar o 13º salário à categoria em dezembro de 2017 na sua integralidade.

Agora, a categoria foi surpreendida pelo adiamento do ano escolar para economizar no salário dos contratados, nas verbas de transporte e alimentação escolar! Pelo segundo ano consecutivo, o governo está descumprindo o Acordo do Piso salarial, mesmo tendo recursos da educação para o pagamento dos reajustes!

A última escala de pagamento aprofundou o tratamento diferenciado: a maioria da categoria recebeu salário somente após o carnaval. Enquanto isso, os/as servidores/as da Segurança Pública receberam uma primeira parcela no dia 09/02.  Além disso, o Sindicato destaca que, por ser ano eleitoral, a campanha salarial-educacional precisa ser antecipada.

Fonte: CUT Minas

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