Terceirização cruel



Terceirização cruel

Não adianta apenas admitir problemas nas empreiteiras. A Cemig como co-responsável pe¬los contratos tem que ter pulso forte, cobrar que as empresas cumpram seus compromissos, principal¬mente com os trabalha¬dores, os principais pre¬judicados pela falta de fiscalização da Cemig.

Na Embraser, empresa que presta serviços administrativos em vários setores da Cemig, os salários de outubro e novembro e o 13º só foram pagos em janeiro. Um enorme prejuízo para os trabalhadores, que passaram o Natal e o Ano Novo de bolsos vazios e com as contas a bater na porta.

Na época, o diretor do Sindieletro, Moisés Acorroni, procurou a Gerência de Operação e Manutenção Predial e Serviços (GE/PS), que confirmou os problemas com a empreiteira. O representante da Cemig disse que o pagamento dos atrasados seria feito no início de janeiro, o que realmente aconteceu.

Agora, os trabalhadores denunciam que o salário de dezembro, que deveria ter sido creditado no último dia 8, ainda não foi pago. A empresa prometeu que faria o depósito no dia 16 de janeiro, mas, até hoje, eles não viram a cor do dinheiro.

Trabalhadores têm tentando falar na Embraser, mas não conseguem e o setor pessoal sequer responde os e-mails. Em dezembro penas uma funcionária ou o motoboy atendia as ligações, agora ninguém mais atende o telefone. Os trabalhadores temem prejuízo maior já que não têm garantia de que a Embraser está recolhendo FGTS e INSS. Também amargam prejuízos pagando juros nas contas e faturas, valor que ninguém deve reembolsar para eles.

Procurada novamente pelo diretor do Sindieletro, a GE/PS afirmou que a solução passa pela substituição da empreiteira, o que pode levar tempo, por causa da burocracia, mas alega que a Companhia resolverá o assunto o mais rápido possível.

O Sindieletro cobra uma postura firme e responsável por parte da Cemig. Se a Embraser está passando por dificuldades, os trabalhadores não são os responsáveis e não podem ficar no prejuízo.

FGTS e INSS


As irregularidades da Embraser vão além. Os trabalhadores disseram que a empresa não está recolhendo o INSS e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

O Sindieletro teve acesso ao extrato do FGTS de um trabalhador e constatou que não existem depósitos para o Fundo há vários meses.

O setor da Cemig responsável pela contratação dos serviços da empreiteira informou ao diretor do Sindieletro, Moisés Acorroni, que a Embraser terá o contrato rescindido. Também informou que o acerto dos salários em atraso, inclusive o FGTS e o INSS, será feito pela Cemig.

O Sindieletro cobra uma postura firme e responsável por parte da Cemig. Se a Embraser está passando por dificuldades, os trabalhadores não são os responsáveis e não podem ficar no prejuízo.

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